Economia
Alckmin confirma Marco Rubio como representante de Trump para tarifas

O vice-presidente Geraldo Alckmin declarou que o presidente Donald Trump escolheu seu secretário de Estado, Marco Rubio, para atuar como mediador nas negociações sobre tarifas com o Brasil, durante uma ligação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira.
Na conversa, Lula destacou que as penalidades contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o cancelamento de vistos de autoridades brasileiras devem ser reconsiderados.
— A conversa foi muito positiva, superando nossas expectativas. O presidente Lula ressaltou a vontade do Brasil em dialogar e construir um acordo — afirmou o vice-presidente.
— Ele também mencionou que as sanções e a revogação dos vistos para ministros precisam ser revisadas — acrescentou.
O vice-presidente ressaltou que ainda não há data para um novo contato, mas avaliou como um bom sinal a troca de telefonemas entre Lula e Trump para a continuação do diálogo.
A ligação telefônica entre Lula e Trump durou cerca de 30 minutos e aconteceu duas semanas após o encontro na Assembleia Geral da ONU, quando o presidente americano afirmou que uma reunião estava em planejamento.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou do encontro virtual, o diálogo foi considerado “positivo” sob a perspectiva econômica.
Essa chamada abre a possibilidade de um encontro presencial em um local neutro, a Malásia, no final do mês durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). A equipe de Lula queria que o primeiro contato acontecesse de forma virtual, em ambiente controlado, antes de um encontro presencial.
Em comunicado, o governo disse que Lula considerou o contato como uma oportunidade de restaurar as relações amistosas entre as duas maiores democracias do Ocidente, que duram 201 anos. Ressaltou que o Brasil está entre os três países do G20 com superávit na balança comercial de bens e serviços em relação aos Estados Unidos.
O comunicado informa ainda que Lula pediu o fim das tarifas elevadas e das restrições impostas a autoridades brasileiras, referindo-se ao cancelamento de vistos e à inclusão do ministro Alexandre de Moraes e sua esposa na lista de sancionados pela Lei Magnitsky.

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