Economia
Alckmin destaca negociação antes de aplicar lei de reciprocidade

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria, declarou nesta segunda-feira (1) que há abertura para diálogo com os Estados Unidos antes da aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica, que é uma resposta às tarifas impostas pelo governo americano sobre produtos brasileiros. O governo brasileiro prefere tentar resolver a situação por meio de negociações.
“A lei da reciprocidade, uma legislação muito importante, será utilizada no momento apropriado, mas nosso objetivo principal é resolver isso por meio da negociação”, declarou Alckmin à CNN Brasil.
Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o Ministério das Relações Exteriores a acionar a Câmara de Comércio Exterior para iniciar as consultas e possíveis medidas de retaliação contra os Estados Unidos.
Além disso, Alckmin anunciou a publicação de uma portaria que suspende, a partir desta terça-feira (2), o pagamento de tributos previstos no regime de drawback por um ano. As empresas poderão exportar para os Estados Unidos e outros mercados sem precisar pagar impostos ou multas nesse período, atendendo a uma demanda do setor produtivo.
O vice-presidente ressaltou a importância das relações do Brasil tanto com os Estados Unidos quanto com a China, destacando que o país busca fortalecer esses dois importantes parceiros comerciais. Ele frisou que o Brasil não possui conflitos com nenhum país e que prioriza a defesa da soberania nacional.
“Nosso foco é aproximar as relações com ambos os países. A China é nosso maior comprador e parceiro comercial, enquanto os Estados Unidos são o maior investidor no Brasil. Queremos consolidar essa complementaridade econômica”, afirmou, mencionando investimentos recentes chineses no país e a presença de mais de 3.500 empresas americanas no Brasil.
Sobre a recente viagem ao México, Alckmin avaliou que foi muito positiva para os setores agrícolas, de serviços e investimentos, destacando a afinidade entre as maiores economias e democracias da América Latina.
Por fim, ele comentou sobre um encontro com representantes das grandes empresas de tecnologia, apontando que a regulamentação dessas companhias é um tema global, com o objetivo de estabelecer regras que protejam a sociedade como um todo.

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