Economia
Alckmin destaca prioridade em negociar tarifa do café com EUA

Geraldo Alckmin, vice-presidente, comunicou a empresários e representantes do setor de café na quarta-feira (22) que as negociações comerciais com os Estados Unidos estão em progresso nos bastidores. O café brasileiro, atualmente impactado por uma tarifa de 50%, está entre as prioridades da pauta do Brasil.
Alckmin reforçou que o plano principal do governo brasileiro, já apresentado ao Secretário de Estado americano, Marco Rubio, é solicitar que os EUA suspendam a aplicação da tarifa até que um acordo comercial seja alcançado.
Esse pedido também foi reiterado pelo chanceler Mauro Vieira a Rubio, porém ainda não houve retorno.
Como alternativa, o Brasil pretende ampliar o rol de produtos isentos da tarifa, começando por aqueles incluídos pelo presidente americano Donald Trump como possíveis exceções devido à indisponibilidade local.
Em 5 de setembro, Trump atualizou as tarifas e adicionou um anexo detalhando 109 produtos que poderiam ser beneficiados com isenção por serem recursos naturais não disponíveis nos EUA.
Entre esses estão o café, ligas de aço, ferro e carne — produtos que o Brasil tradicionalmente exporta aos EUA e sujeitos atualmente à tarifa de 50%. A decisão final sobre a isenção cabe ao presidente americano pessoalmente.
Alckmin afirmou aos empresários que o café está no topo da lista de pedidos do Brasil, conforme relato de Marcos Matos, presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
“O vice-presidente destacou que o café é uma prioridade para ambos os países. Empresários americanos demonstraram o mesmo interesse. Caso a inclusão seja aprovada, o produto terá isenção total de tarifas”, explicou Matos.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços não disponibilizou comentário.
Café, ferro, aço e carne bovina permanecem entre os principais produtos exportados do Brasil aos EUA e continuam sujeitos à tarifa elevada.

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