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Alckmin está confiante no encontro entre Lula e Trump

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O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, manifestou nesta segunda-feira (29) otimismo diante das negociações com o governo dos Estados Unidos a respeito da tarifa de 50% aplicada sobre as exportações brasileiras. Esse sentimento positivo decorre do breve encontro entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente norte-americano, Donald Trump, ocorrido na semana passada durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Na ocasião, Trump afirmou que haveria uma reunião com Lula para conversas e ressaltou que houve uma “química” entre eles.

O vice-presidente afirmou em entrevista à Rádio CBN: “Com esse encontro produtivo, e considerando a ‘química’ mencionada pelo presidente Trump com o presidente Lula, acredito que haverá avanços e temos sólidos argumentos, pois o Brasil não representa problema para os EUA, que possuem superávit na balança comercial com nosso país.”

Até o momento, conforme explicação de Alckmin, não há uma reunião agendada entre Lula e Trump, porém o diálogo já acontece há meses e o otimismo prevalece. “Recentemente, uma ordem executiva eliminou tarifas para produtos como celulose e ferro níquel, beneficiando a exportação brasileira e representando um valor aproximado de US$ 1,7 bilhão. No ano passado, o Brasil exportou cerca de US$ 40 bilhões para os EUA, com 4% dessas exportações agora isentas de tarifa.”

O ministro e vice-presidente considera que os argumentos do Brasil são muito favoráveis e destaca a possibilidade de investimentos mútuos entre Brasil e Estados Unidos. “Diversas empresas brasileiras também desejam aportar capital nos EUA, o que caracteriza uma relação vantajosa para ambos os lados. Estamos confiantes que o diálogo entre Lula e Trump poderá destravar novas oportunidades.”

Alckmin também ressaltou que, à medida que as conversações progridem, há chances de avanços em relação às sanções impostas pelo governo americano a autoridades brasileiras. “Embora não tenha detalhes específicos, acredito que esse processo de abertura e diálogo contribuirá para fortalecer a relação bilateral.”

Apesar das tratativas com os EUA, o governo brasileiro segue buscando diversificar seus mercados, capacitar exportadores e firmar novos acordos comerciais. “Já assinamos acordos com Singapura, EFTA e estamos próximos de fechar com a União Europeia pelo Mercosul. Em breve, visitarei a Índia, país com 1,4 bilhão de habitantes e crescimento econômico acelerado.”

O vice-presidente comentou ainda sobre o interesse global nas terras raras brasileiras, destacando a importância de mapear geologicamente esses minerais e explorar seu potencial para gerar valor ao país. “O grande desafio é desenvolver toda a cadeia produtiva e promover a integração dos diversos elos, pois temos inúmeras oportunidades para ampliar a cooperação industrial.”

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