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Alesp adia votação sobre cassação de deputados envolvidos em conflito

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O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) adiou nesta terça-feira (9/12), por falta de quórum, a sessão que votaria os pedidos de cassação dos mandatos dos deputados Lucas Bove (PL), Mônica Seixas (PSol) e Paula Nunes (PSol), da Bancada Feminista. Ainda não há nova data para a votação.

Os três parlamentares entraram na pauta do conselho depois de uma discussão acalorada em uma sessão no plenário da Alesp, em setembro deste ano. Durante a troca de palavras, Lucas Bove levantou a voz contra as parlamentares mulheres. “Me chama de agressor, me chama do corrupto, porra!”, declarou o deputado na ocasião.

Relembre o caso

Na sessão daquele dia, Mônica Seixas utilizou o microfone para questionar se outra deputada, a Professora Bebel (PT), estava desconfortável com a atitude de Lucas Bove – que, segundo Mônica, apontava o dedo para a petista durante a conversa.

Lucas Bove reagiu mal à pergunta, interrompeu Mônica e começou a gritar, dando início à troca de acusações.

De um lado, Bove dizia frases como “Não se mete nas conversas dos outros, folgada”, enquanto Mônica Seixas respondia de forma elevada: “Ninguém tem medo de você. Está muito acostumado a ser violento com mulher”.

A deputada Paula Nunes (PSol) também participou do confronto afirmando: “Vai bater em mulher, Lucas?” e “Bate com alguém filmando”.

Em determinado momento, Bove afirmou: “Me chama de agressor, me chama do corrupto, porra!”.

Após o confronto, Lucas Bove apresentou um pedido de cassação contra Mônica Seixas e Paula Nunes por quebra de decoro parlamentar. As deputadas também acionaram o Conselho de Ética contra ele.

Antes disso, Bove já havia enfrentado um pedido de cassação relacionado a uma acusação de agressão feita pela sua ex-esposa, Cíntia Chagas. O deputado foi absolvido pelo Conselho.

Ao Metrópoles, Mônica Seixas declarou que a ação de Bove representa uma tentativa de intimidação judicial, e que o adiamento da votação indica que membros do conselho recuaram em relação ao processo.

“Isso representa uma desistência, após dois dias marcados por um grande movimento contra a violência contra as mulheres. Eles não têm coragem de tomar uma posição política para defender um agressor que tenta impedir que as mulheres usem as palavras ‘agressão’ e ‘violência contra a mulher’.”

Nesta terça, ativistas realizaram uma manifestação em frente ao Plenário Tiradentes para apoiar as mulheres e lutar contra a violência política de gênero. O grupo exibiu cartazes pedindo a cassação de Lucas Bove e em apoio às deputadas envolvidas.

Pedido contra Guto Zacarias (PL)

Além dos pedidos contra os parlamentares mencionados, o Conselho de Ética também analisaria uma representação da deputada Ediane Maria (PSol) contra o colega Guto Zacarias (PL).

Na representação, Ediane Maria afirmou que, durante uma sessão realizada em outubro, Guto Zacarias teria declarado que ela seria “a representante da Assembleia Legislativa para criminosos e organizações consideradas terroristas, como o MTST e o MST”. Ela exige uma punição pela declaração feita por Guto Zacarias.

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