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Alexandre de Moraes anuncia que não vai obedecer sanções dos EUA

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, declarou nesta sexta-feira (1º) que irá desconsiderar as sanções econômicas aplicadas pelos Estados Unidos contra ele, e que seguirá com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos pela tentativa de golpe de Estado.
Durante uma sessão no STF em Brasília, Moraes afirmou que será indiferente às sanções e continuará seu trabalho no processo contra Bolsonaro (PL), acusado de conspirar para manter seu poder junto a mais 30 ex-colaboradores, independentemente do resultado das eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Quero deixar claro que tanto esta corte, quanto a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal não se submeterão a essas intimidações”, reforçou Moraes.
Moraes, responsável pelo inquérito e cujo visto americano já havia sido revogado, foi sancionado financeiramente na última quarta-feira (30) sob a Lei Magnitsky. Essas medidas foram impostas junto a tarifas sobre exportações brasileiras, em retaliação a críticas relacionadas ao julgamento de Bolsonaro.
O presidente americano qualificou o processo como uma perseguição política contra seu aliado.
De acordo com a Casa Branca, Moraes teria usado sua posição judicial para intimidar e ameaçar diversos oponentes políticos em conjunto com outros ministros do STF.
As sanções incluem o bloqueio de possíveis bens do ministro nos EUA e a proibição de negócios com cidadãos e empresas americanas. Fontes informaram, porém, que Moraes não possui propriedades no país.
“O Supremo Tribunal Federal sempre será firme em defender a soberania nacional, a democracia, os direitos fundamentais e o Estado de Direito”, enfatizou Moraes.
O magistrado também criticou indivíduos que agem de forma traiçoeira, em referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tem buscado apoio no governo Trump em defesa do pai e contra o Judiciário brasileiro.
“O Poder Judiciário não aceitará que o funcionamento do STF seja influenciado por outro país”, concluiu Moraes.

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