Brasil
Alkmin volta a negar que haja greve em SP
Após ser aplaudido por manifestantes que participaram de um ato contra o governo federal durante a abertura da Agrishow em Ribeirão Preto (SP), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi alvo de um protesto em Pontal (SP), organizado por professores da rede estadual de ensino na tarde desta segunda-feira (27).
O grupo, formado por aproximadamente 20 pessoas, levou cartazes e cobrou avanços nas condições de trabalho. Segundo a Apeoesp, a categoria está em greve desde o dia 13 de março, e reivindica aumento salarial de 75,33%, entre outras melhorias.
Mais cedo em Ribeirão Preto, Alckmin negou que os professores estejam em greve. “Na realidade, não existe greve de professores. Na última sexta-feira foi de 96% a presença nas salas de aula. Os professores estão dando aula e os alunos estão estudando. A média de falta é de 3%, aumentou 1% e é de temporários. Na verdade, a greve é da Apeoesp, da CUT, o que é diferente.”
Alckmin esteve em Pontal nesta segunda-feira para anunciar o início das obras de duplicação da Rodovia Maurilio Biagi , que liga o município a Sertãozinho (SP).
Durante o discurso, os docentes interromperam a fala do governador para reivindicar melhoras na educação estadual.
Antes de encerrar, Alckmin se dirigiu aos manifestantes e afirmou que o investimento de São Paulo no setor é o maior entre os estados brasileiros e superior aos 25% determinados pela Constituição.
Sobre os salários, Alckmin disse que nos últimos anos foram desenvolvidas políticas de elevação dos ganhos dos professores, por meio de bônus pelo cumprimento de metas no rendimento escolar. O governador ainda declarou que, quando assumiu o Governo do Estado, o bônus pago aos professores estaduais somava R$ 300 milhões e passou para R$ 1,06 bilhão em 2015.
“O último reajuste foi um julho, pagamento em agosto. Então, faz oito meses que foi o último reajuste. Quando completar 12 meses nós vamos verificar o que é possível fazer”, declarou o governador sobre a possibilidade de uma nova negociação e citando a dificuldade de aumentar os gastos em função da queda na arrecadação.
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