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Aluna cotista reclama de racismo por colega na USP Ribeirão

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Uma estudante de nutrição, beneficiada pelo sistema de cotas da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, denunciou ter sido vítima de racismo por parte de uma colega de classe. Priscila Motta, que está no primeiro ano do curso, relatou nas redes sociais a necessidade de se afastar das aulas para cuidar de sua saúde mental.

A aluna afirmou que as agressões iniciaram logo no começo do semestre, a ponto de ter vivido episódios de crise de pânico dentro da própria universidade. “Eu era alvo constante de piadas relacionadas à minha cota e escutava comentários depreciativos frequentemente”, desabafou.

A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP comunicou, por meio de nota, que o caso foi encaminhado à Comissão de Direitos Humanos (CDH) e à Comissão de Inclusão e Pertencimento (CIP), que estão conduzindo a investigação, ainda em andamento.

No relato compartilhado no Instagram, Priscila recordou um momento em que estudava com a colega e foi humilhada. “Ouvi insinuações de que eu só me casaria com alguém por este também ser cotista. Esse foi mais um dos episódios que me fizeram questionar se realmente faço parte daquele ambiente”, relatou.

Segundo a faculdade, os responsáveis pelo comportamento passarão por medidas administrativas e legais apropriadas. Além disso, Priscila recebeu apoio psicológico, psicopedagógico e tutoria acadêmica para facilitar seu retorno às atividades.

“É essencial abordar o racismo que pessoas negras enfrentam. Muitas vezes, pensamos que não seremos alvo, especialmente quando envolve pessoas da nossa faixa etária. Porém, começa com uma brincadeira, se repete e pode se transformar em violência moral ou física”, refletiu a estudante.

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