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Alunos da Escola de Música do DF reclamam de abandono e má gestão
Alunos e professores da Escola de Música de Brasília reclamam das condições do espaço e dos equipamentos utilizados para as aulas. Na quarta-feira (23), a comunidade convocou uma assembleia para afastar o diretor da unidade, Ayrton Pisco, mas o gestor conseguiu uma liminar na Justiça para permanecer no cargo.
Pisco diz que a revolta foi causada pelo corte no ponto de profissionais que faltaram ao serviço. “Alguns horários acabam não cumpridos, algumas regras deixam de existir. No momento em que você passa a fazer um ajustamento desse tipo de coisa, você vai tocar em alguns privilégios.”
Em março de 2014, 11 professores da escola foram afastados após uma funcionária denunciar que 100 dos 240 mestres não cumpriam a jornada de trabalho e cobravam “por fora” para dar aulas. Na época, Pisco negou as acusações, mas disse que iria apurar o caso.
Os professores dizem que falta de equipe. “Já temos autorização para nomear sete coordenadores e ele se nega a fazer essa nomeação”, diz o professor Umberto Freitas. O corpo docente recolheu assinaturas para pedir o afastamento do diretor. “Vamos recorrer [da liminar], até porque a gente já tem, assim, o montante de assinaturas necessárias”, afirma o professor Oswaldo Amorim.
Impasse
A Escola de Música tem 2,2 mil alunos, mas a maior parte abandona os cursos antes da conclusão. A cada ano, o número de formados é inferior a dez. Em 41 anos de funcionamento, a unidade nunca teve um profissional especializado na manutenção dos instrumentos musicais.
Imagens feitas pela TV Globo mostram o abandono dos itens. Uma das salas abriga 62 violinos e um piano sem condições de uso. “Eu faço contrabaixo elétrico e tenho que trazer o instrumento, o que é muito trabalhoso. Seria muito melhor se eu tivesse um instrumento aqui”, diz o aluno Lucas Lima.
O secretário de Educação, Júlio Gregório, afirmou à TV Globo nesta quinta (23) que não há dinheiro nem projeto para reformar a Escola de Música em curto prazo e que não vai interferir na discussão sobre o diretor Ayrton Pisco.
“A Secretaria de Educação não pode, não deve, não vai cassar mandatos. Não vai intervir na direção porque nós entendemos que se trata de um processo que deve ser resolvido pela mesma comunidade que elegeu esse diretor”, diz Gregório.
Fonte: G1
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