Amazon vai cortar 30 mil vagas, diz imprensa dos EUA

A Amazon iniciará nesta terça-feira a demissão de 30 mil empregados ao redor do mundo, conforme noticiado por veículos da imprensa americana nesta segunda-feira (27). Essa medida concretiza o plano do CEO Andy Jassy de reduzir custos em meio à crescente competição no setor de inteligência artificial.

Esse corte representa aproximadamente 10% dos cerca de 350 mil funcionários administrativos da gigante do comércio eletrônico.

Entretanto, os centros de distribuição da empresa, onde trabalham a maior parte dos mais de 1,5 milhão de colaboradores da Amazon, não serão afetados, segundo fontes locais. A sede da empresa está localizada em Seattle.

As demissões deverão focar em áreas de suporte e estratégicas, como recursos humanos, publicidade e cargos executivos.

A Amazon não respondeu imediatamente a pedidos de comentário da AFP sobre essa redução de pessoal, que foi reportada por jornais como The Wall Street Journal, The New York Times, entre outros meios que citaram fontes anonimizadas.

Diversos motivos foram apontados pela imprensa americana para essa onda de dispensas, a maior desde a demissão de 27 mil funcionários entre 2022 e 2023. Uma delas é a necessidade de corrigir o excesso de contratações feitas durante a pandemia da covid-19.

As primeiras notificações de demissão devem começar a ser enviadas já nesta terça-feira, enquanto outras ocorrerão em janeiro, após o pico das vendas do fim de ano.

O número exato de demitidos ainda não está confirmado, segundo uma fonte citada pelo New York Times.

Em junho, o diretor-executivo Andy Jassy afirmou claramente que o avanço da inteligência artificial generativa levará, nos próximos anos, à redução do quadro de funcionários administrativos.

O aumento da inflação, um mercado de trabalho restrito e as incertezas relacionadas a conflitos comerciais levaram as empresas a buscarem formas de reduzir custos sem prejudicar o crescimento, observa o Wall Street Journal.

Dúvidas sobre o futuro dos trabalhadores também surgem nos armazéns da empresa, onde a Amazon está acelerando a automação com uso de robôs e inteligência artificial.

Outras grandes empresas de tecnologia nos Estados Unidos estão também promovendo cortes significativos em suas equipes administrativas. Por exemplo, a Microsoft anunciou em julho que expandirá seu plano para reduzir 15 mil vagas.

Já a Meta desligou cerca de 600 empregados em sua área de inteligência artificial na última quarta-feira, após uma fase intensa de contratações.