Centro-Oeste
Anderson Torres afirma necessidade de usar Rivotril
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, revelou durante audiência de custódia realizada em 26 de novembro que faz uso de medicamentos psiquiátricos. Condenado a 24 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, ele foi preso no dia anterior.
O acusado informou estar sob tratamento com cloridrato de Venlafaxina, cloridrato de Olanzapina e Rivotril, fármacos utilizados para tratar condições como depressão, ansiedade e alterações de humor.
Antes delegado da Polícia Federal, Torres cumpre pena no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como Papudinha. Ele solicitou ao Supremo Tribunal Federal que pudesse cumprir a pena na Superintendência da Polícia Federal em Brasília ou no Batalhão de Aviação Operacional da PM do Distrito Federal.
A defesa do ex-ministro alegou que ele apresenta um quadro depressivo desde sua prisão em janeiro de 2023 e que faz uso contínuo de medicamentos para tratar sua condição psiquiátrica, tornando inadequado seu recolhimento em presídio comum, devido ao risco à sua integridade física e mental.
Detalhes da condenação
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal condenou Anderson Torres a 24 anos de prisão, incluindo 21 anos e seis meses de reclusão e dois anos e seis meses de detenção.
Ele foi acusado de utilizar sua posição para distorcer o processo eleitoral de 2022. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, em 30 de outubro daquele ano, o Ministério da Justiça, sob coordenação de Torres, planejou uma operação para dificultar ou impedir a chegada de eleitores às urnas através da Polícia Rodoviária Federal.
A condenação considerou também sua participação nos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando Torres ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e deixou o país dois dias antes dos ataques ao Congresso, Senado e Supremo Tribunal Federal, apesar dos alertas de inteligência sobre o risco.
Além disso, foi encontrado na residência do ex-ministro um rascunho de decreto ilegal que indicava uma tentativa de interferência indevida na Justiça Eleitoral, reforçando a suspeita de que buscava subverter o resultado das eleições de forma fraudulenta.

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