Centro-Oeste
Anderson Torres condenado: ex-secretário do DF envolvido na fraude eleitoral
Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Ele foi acusado de usar sua posição para manipular os resultados das eleições presidenciais de 2022.
O ministro Moraes definiu a pena de Anderson Torres em 24 anos, incluindo 21 anos e seis meses de reclusão e 2 anos e seis meses de detenção, além de 100 dias-multa. O relator teve seu voto seguido pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, enquanto o ministro Luiz Fux votou pela absolvição e não participou da fixação da pena.
Segundo Moraes, no segundo turno das eleições, em 30 de outubro de 2022, o Ministério da Justiça, sob a coordenação de Anderson Torres, arquitetou uma operação para que a Polícia Rodoviária Federal impedisse ou dificultasse o acesso dos eleitores às urnas. Assim, Anderson Torres teria utilizado sua posição para distorcer os fatos eleitorais.
O STF identificou treze ações que evidenciam uma organização criminosa com o objetivo de realizar o golpe de Estado, que incluem:
- Uso de órgãos públicos para monitorar adversários políticos e atacar o Poder Judiciário, desacreditando a Justiça Eleitoral, o resultado das eleições e a Democracia;
- Ameaças graves à Justiça Eleitoral em transmissões ao vivo e entrevistas realizadas em julho e agosto de 2021;
- Tentativa de restringir o exercício do Poder Judiciário com ameaças em setembro de 2021;
- Reunião ministerial em julho de 2022 e encontros com embaixadores;
- Uso indevido da Polícia Rodoviária Federal durante o segundo turno das eleições;
- Uso inadequado das Forças Armadas, incluindo fiscalização do sistema eletrônico de votação pelo Ministério da Defesa;
- Ações executórias após o segundo turno, como transmissões ao vivo, monitoramento de autoridades e reuniões estratégicas;
- Planejamento das operações Punhal Verde e Amarelo e Operação Copa 2022;
- Monitoramento do presidente eleito e outras operações para consolidar o golpe;
- Elaboração de um plano para golpe de Estado e comunicação aos comandantes militares;
- A tentativa direta de golpe em 8 de janeiro de 2023;
- Organização de um Gabinete de Crise para agir após a execução do golpe.


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