ANP autoriza parte das operações da refinaria Manguinhos

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) liberou parcialmente neste sábado (25) as instalações da Refinaria de Petróleo de Manguinhos (Refit), após a empresa comprovar que cumpriu 10 dos 11 requisitos apontados na fiscalização feita pela agência nos dias 25 e 26 de setembro. Naquele momento, toda a instalação produtora de derivados da Refit havia sido interditada preventivamente.

Estão liberadas as áreas de movimentação, armazenamento, expedição e carregamento dos produtos. No entanto, a interdição da torre de destilação permanece vigente até que a necessidade da utilização das colunas de destilação para a produção de gasolina seja demonstrada.

Com a decisão da ANP, a Refit pode retomar a formulação de combustíveis, a movimentação e a comercialização dos seus próprios produtos e insumos, assim como os de terceiros que estiverem armazenados em suas instalações, desde que respeitadas as normas regulatórias vigentes.

O pedido anterior da empresa para a liberação total da refinaria será analisado pela Diretoria Colegiada, responsável pela revisão e deliberação das decisões técnicas em segunda instância.

Refit foi fechada pela ANP no dia 26 de setembro, após a Operação Carbono Oculto, que resultou na apreensão de quatro navios carregados com combustível. A interdição ocorreu devido a suspeitas de importação irregular de gasolina e por a empresa não estar refinando petróleo, embora usufrua de benefícios fiscais destinados à atividade de refino.

Segundo a investigação, uma organização criminosa utilizava uma rede de postos de combustíveis e instituições financeiras na Avenida Faria Lima, em São Paulo, para lavar dinheiro proveniente de crimes. Parte do combustível distribuído para esses postos era produzido na refinaria e vendido por distribuidoras associadas à Refit, conforme relatado pela Polícia Federal.