Apenas dois setores econômicos tiveram crescimento no emprego em outubro, segundo Caged

Somente dois dos cinco principais grupos de atividades econômicas apresentaram crescimento no número de empregos em outubro, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), liberados na quinta-feira, 27, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O saldo total ficou abaixo da mediana prevista pela pesquisa Projeções Broadcast, que apontava um aumento de 120 mil novas vagas – foram criados 85.147 postos. Esse desempenho foi o mais fraco para o mês de outubro desde 2019, quando foram gerados 70.852 empregos formais no país. Desde o início do Novo Caged, em 2020, esse é o pior resultado dos últimos anos.

Os dois setores que registraram aumento nas vagas foram: serviços, com acréscimo de 82.436 postos formais, e comércio, que adicionou 25.592 oportunidades.

Por outro lado, tiveram saldo negativo: a indústria, com fechamento de 10.092 vagas, a agropecuária com perda de 9.917 postos, e a construção, que viu 2.875 empregos serem encerrados.

Distribuição Regional

Em outubro de 2025, 21 das 27 unidades federativas do país registraram crescimento no emprego. Destacaram-se São Paulo (18.456), Distrito Federal (15.467) e Pernambuco (10.596).

O salário médio real de admissão chegou a R$ 2.304,31, um aumento de R$ 17,28 (0,8%) em comparação a setembro de 2025 (R$ 2.287,02).

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, descontadas as variações sazonais, o aumento foi de R$ 54,45 (2,4%).