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Após atendimento ‘estranho’, grávidas denunciam médico cubano por abuso
Um médico cubano que atua em um posto de saúde de Luziânia (GO) por meio do programa Mais Médicos, do Governo Federal, é investigado pela Polícia Civil de Goiás por suposto abuso sexual – a denúncia foi feita por três mulheres grávidas. As pacientes desconfiaram do exame de toque realizado pelo profissional no último 13 de maio. Nesta quarta-feira, às 9h, o médico deve comparecer à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher para prestar depoimento.
Segundo a delegada chefe da unidade policial, Dilamar de Castro, as mulheres foram fazer consulta de pré-natal na manhã de 13 de maio, quando perceberam que o procedimento do médico era “estranho”.
De acordo com as investigações, quando as mulheres questionaram o atendimento, o suspeito pediu que ficassem tranquilas e se imaginassem em uma praia. Segundo as vítimas, ele acariciou a região íntima das três. No mesmo dia, elas fizeram a denúncia.
O procedimento, que apenas atesta a dilatação do colo do útero, dura normalmente poucos minutos. No entanto, o médico teria demorado aproximadamente 10 minutos com movimentos que deixaram as pacientes desconfiadas. As vítimas, de idade entre 19 e 21 anos, desconfiaram da conduta do médico e procuraram a Secretaria de Saúde da Prefeitura do Município.
A delegada ouviu as três vítimas e a enfermeira que atende no posto de saúde onde ocorreram as consultas. Segundo Dalimar, foi a enfermeira quem orientou as vítimas a denunciarem o caso.
O médico está afastado das atividades do Posto da Unidade Básica de Saúde, no bairro Parque Alvorada I, desde a data da denúncia. Ele prestou esclarecimentos na Secretaria de Saúde do município e em 15 de maio foi instaurada sindicância para apurar as possíveis irregularidades. Um processo administrativo também foi aberto para analisar as responsabilidades.
As mulheres foram examinadas no Instituto Médico-Legal (IML), mas não foram encontradas evidências físicas da violência, porém, por meio do depoimento das três, contatou-se conduta foi inadequada.
O cubano é considerado suspeito de violação sexual mediante fraude, crime que pode levar à prisão por até seis anos. No dia seguinte ao das denúncias, ele não voltou ao trabalho e foi afastado até o fim das investigações.
O Ministério da Saúde, responsável pela contratação do médico, instaurou processo disciplinar para apuração da conduta. Em nota, o ministério informou também que apoiará a Polícia Civil de Goiás e acompanhará a investigação criminal. O médico atua no posto de saúde de Luziânia desde outubro do ano passado.
Fonte: Correio Web
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