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Após caso de meningite na Câmara do DF, presidente da Casa tem febre e faz exames

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Chefe do cerimonial foi internado no fim de semana. Trinta pessoas que tiveram contato com ele estão sendo medicadas, diz Secretaria de Saúde.

Joe Valle, presidente da Câmara Legislativa do DF (Foto: TV Globo/Reprodução)

O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Joe Valle (PDT), fez exames preventivos nesta segunda-feira (12) para identificar um eventual quadro de meningite. No fim de semana, o chefe do cerimonial da Casa, Carlos Antônio Vieira Júnior, foi internado em um hospital particular do DF com a mesma doença.

O  deputado distrital e pré-candidato ao Palácio do Buriti disse que está bem, mas apresentou febre e dor de cabeça na noite de domingo (11).

“Estou bem. Estou fazendo uma bateria de exames em função do contato que tive com o nosso chefe de cerimonial que está internado. Tive uma pequena febre à noite com a presença de uma leve dor de cabeça. A médica me pediu, por precaução apenas, os exames”, disse Joe Valle.

Em nota, a Câmara informou que outros servidores que tiveram contato direto com Júnior, desde a última quinta-feira (8), estão sendo orientados por médicos do setor de Assistência à Saúde da CLDF. “A Casa está acompanhando a evolução do quadro clínico e se solidariza com a família, aguardando o restabelecimento do servidor o mais rápido possível.”

O Hospital Brasília emitiu nota confirmando que Júnior segue internado em um leito de UTI. De acordo com a unidade médica, as informações sobre o estado de saúde do paciente são restritas aos familiares.

Cuidados

Segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Maria Beatriz Ruy, cerca de 30 pessoas que estiveram com o servidor da Câmara do DF nos últimos dias foram contatadas pela pasta e receberam antibióticos nesta segunda. “Elas foram orientadas e tomarão a medicação por dois dias.”

Neste ano foram registrados dois casos de meningite no DF. Em 2017, a pasta contabilizou 24 ocorrências e cinco mortes. Em 2016, a Secretaria de Saúde informou que 14 pessoas contraíram a doença e seis morreram.

Maria Beatriz explicou que o governo somente registra casos de meningite bacteriana (entenda abaixo) porque “são mais graves e não ocorrem com tanta incidência”, em relação à meningite viral.

Bacteriana ou viral?

A meningite é caracterizada por um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinal, e pode ser causada por agentes infecciosos como bactérias, vírus, parasitas e fungos.

Com maior incidência durante o verão, a meningite viral (ou asséptica), frequentemente causada pelo enterovírus, é mais comum em crianças e costuma evoluir rapidamente e sem complicações.

Já a meningite bacteriana, é mais comum no inverno e a forma mais grave da doença, havendo a necessidade de internação hospitalar, tratamento com antibióticos e exames de controle. Entre as principais bactérias causadoras estão pneumococos, hemófilos e meningococo, que se divide em cinco tipos: A, C, W, Y ou B.

Sintomas

Entre os principais sintomas estão febre alta abrupta, dor de cabeça intensa e contínua, vômito e náuseas, rigidez na nuca e dificuldade para dobrar o pescoço e encostar o queixo no peito. Pode haver também o aparecimento de manchas vermelhas espalhadas pelo corpo.

Em crianças menores de um ano de idade, esses sintomas clássicos podem não se manifestar. Por isso, é importante ficar atento a um comportamento marcado pelo excesso de irritabilidade e inquietação, choro persistente, grito ao ser manipulada, recusa alimentar – acompanhada ou não de vômitos -, convulsões e identificar se a moleira está tensa ou elevada.

Para confirmar o diagnóstico, é necessário realizar uma avaliação clínica do paciente e conduzir o exame do líquido cefalorraquidiano (liquor), que envolve o sistema nervoso, para identificar o tipo de agente infeccioso.

É contagiosa?

O modo de transmissão da meningite se dá através das vias respiratórias, por meio de gotículas e secreções do nariz e da garganta, ao tossir, por exemplo. Dessa forma, o contágio depende de um contato próximo entre as pessoas ou direto com as secreções, sendo comum entre indivíduos que moram na mesma casa.

Outros ambientes favoráveis à disseminação do vírus ou da bactéria são as creches, escolas, universidades e demais locais com grande concentração de pessoas. Embora a vacinação seja a principal forma de prevenção, é recomendável manter higiene e alimentação adequadas, além de ventilar os ambientes.

 

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