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Após dia de paralisação relâmpago, ônibus voltam a rodar no DF

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Rodoviários decidiram retomar atividades após audiência de conciliação. Mobilização era por reajuste.

Passageiros aguardam ônibus na parada em frente à Feira Permanente de Ceilândia (Foto: Maria Fernanda Soares/TV Globo)

Passageiros aguardam ônibus na parada em frente à Feira Permanente de Ceilândia (Foto: Maria Fernanda Soares/TV Globo)

Após um dia inteiro de paralisação, os ônibus do Distrito Federal voltaram a rodar desde a madrugada desta terça-feira (28). Os rodoviários decidiram retomar as atividades após audiência de conciliação com empresários no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-10).

Na segunda (27), uma paralisação relâmpago pegou passageiros de surpresa e se estendeu por todo o dia. No início da tarde, uma desembargadora do TRT e um juiz do Tribunal de Justiça do DF chegaram a determinar que 100% dos ônibus rodassem, pelo menos, no horário de pico.

A mobilização afetou cerca de 1 milhão de usuários que, nas estimativas do governo, usam o transporte público diariamente no DF. O Metrô funcionou normalmente, mas a falta dos ônibus levou à superlotação dos trens nos horários de maior movimento. As faixas exclusivas para ônibus foram liberadas. É possível trafegar por elas até o fim desta terça.

A paralisação foi encampada por funcionários de todas as cinco empresas privadas que atuam no sistema de ônibus do DF. Com isso, apenas os veículos da TCB e das cooperativas de micro-ônibus rodaram pela cidade, durante todo o dia.

Negociação salarial

Na segunda, o sindicato afirmou que a mobilização acontecia “por tempo indeterminado”. Há pelo menos um mês, a categoria tenta conseguir aumento salarial de 10%. Na época, os patrões concederam uma reposição de 4% – referente à inflação –, no salário e benefícios, que está sendo paga desde julho.

As empresas informaram terem sido pegas de surpresa e que os rodoviários receberam outra proposta de aumento de 4,5% no salário – mais reajustes relativos aos benefícios de alimentação (5%), plano de saúde (12%), odontológico (12%) e cesta básica (6%). A categoria não aceitou a proposta.

Imagem aérea mostra Rodoviária do Plano Piloto sem circulação de ônibus, em imagem de segunda-feira (Foto: TV Globo/Reprodução)

Imagem aérea mostra Rodoviária do Plano Piloto sem circulação de ônibus, em imagem de segunda-feira (Foto: TV Globo/Reprodução)

Em nota, o governo considerou “precipitada e descabida” a paralisação. “O ato surpreendeu a população do DF e deixou milhares de pessoas sem ter como ir ao trabalho.”

“A categoria não cumpriu os requisitos básicos da lei de greve, como a realização de assembleia e a publicação de aviso de greve, o que também surpreendeu o governo. A categoria já está recebendo desde o mês de maio o reajuste referente à inflação, mas infelizmente quer ganhos reais que não refletem a realidade econômica do pais.”

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