O problema ocorreu, no fim de janeiro, quando a família foi chamada pela administração do cemitério para fazer a exumação

O problema ocorreu, no fim de janeiro, quando a família foi chamada pela administração do cemitério para fazer a exumação

A família do gerente de farmácia Francisco Garcia dos Santos busca o paradeiro dos restos mortais de sua mãe, Maria de Lourdes, morta há dez anos e enterrada no cemitério Vila Rio, em Guarulhos.

O problema ocorreu, no fim de janeiro, quando a família foi chamada pela administração do cemitério para fazer a exumação do corpo e transferir para o ossário.

Francisco contou que quando o caixão foi aberto, os parentes encontraram um vestido estampado, muito diferente da roupa com que Maria de Lourdes foi enterrada. “Quando ele levantou e vi aquele vestido longo, na hora não teve dúvida de que não era a minha mãe. Ela foi sepultada de calça preta e blusa rosa. Nós que escolhemos a roupa dela. Vestido ela não usava nem em casa”, disse.

Segundo Francisco, o corpo pode ter sido trocado há cinco anos, quando uma primeira tentativa de exumação foi feita, mas ainda não havia condições para a operação.

A família procurou a administração do cemitério, que pediu prazo para verificar o que havia ocorrido e não deu uma resposta certeira.

Francisco gravou uma conversa com um funcionário do cemitério, que sugeriu que a família fizesse exame de DNA por conta própria, mas se houvesse a comprovação de que não se trata dos restos de Maria de Lourdes, seria impossível encontrar os restos mortais dela.

Em nota, a prefeitura de Guarulhos, que administra o cemitério Vila Rio, disse que “dois parentes acompanharam a primeira tentativa de exumação e assinaram a nota de serviço”.

O texto ainda informa que “a equipe de serviços públicos já se colocou à disposição para atender a família e resolver o problema e que abriu uma sindicância para apurar o que aconteceu o mais rápido possível”.

*Informações do repórter Fernando Martins