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Após mortes, fórum trabalhista de SP vai ter obra para reforçar segurança

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Reforma vai custar R$ 6 milhões e prevê instalação de vidros em rampas. Seis pessoas morreram em 5 casos de suicídio no prédio na Zona Oeste.

Homem e criança morreram no Fórum Trabalhista da Barra Funda nesta segunda-feira (29) (Foto: Carlos Melo/VC no G1)

Homem e criança morreram no Fórum Trabalhista da Barra Funda nesta segunda-feira (29) (Foto: Carlos Melo/VC no G1)

Após seis mortes, o prédio do Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Zona Oeste de São Paulo, deve passar por reformas avaliadas em R$ 6 milhões. A obra prevê a instalação de vidros nas rampas, local de onde pularam as vítimas de suicídio. O último caso ocorreu nesta segunda-feira (29), com a morte de um adulto e uma criança de 5 anos. O caso provocou a suspensão das atividades até terça-feira (30).

O prédio foi inaugurado em 26 de março de 2004 e registrou as seis mortes em cinco casos de suicídio. O primeiro deles ocorreu em 31 de outubro de 2007, o segundo, em 13 de outubro de 2014. No dia 5 de maio de 2015 foi registrado um novo caso. O penúltimo aconteceu em 9 de março deste ano. Um outro caso de suicídio aconteceu em 25 de julho de 2014, mas no prédio sede do TRT.

Depois das duas mortes desta segunda-feira, o local passou por perícia e sofreu novas adaptações para limitar o acesso de pessoas ao parapeito do prédio. Segundo o TRT, nenhuma das sete vítimas era parte em processos trabalhistas.

Em comunicado divulgado nesta terça, a desembargadora Silvia Devonald, presidente do TRT, afirmou que não se pode ser leviano ao imaginar que o prédio é inseguro. “Como já dissemos anteriormente, atende a todas as normas de segurança. Infelizmente, se consolidou no circuito dos locais em que os suicidas fazem seu último ato de desespero, sua manifestação pública.”

No documento, o TRT considerou que o “prédio atende às normas de segurança, no entanto, não significa que não temos consciência de que medidas extremas devem ser tomadas para impedir novas ocorrências”.

Movimentação em frente ao Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, Zona Oeste de São Paulo (SP), na manhã desta segunda-feira (Foto: Chello Fotógrafo/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Silvia informou “que a solução definitiva, aprovada pelo arquiteto Decio Tozzi, já consta em projeto detalhado com custo estimado de R$ 6 milhões, dependente de disponibilidade orçamentária e com prazo de execução, após licitado, de 12 meses”.

Em março deste ano, as rampas do TRT foram fechadas e um trabalho de contenção de acesso aos parapeitos foi iniciado. “Até que pudéssemos adquirir solução definitiva. O orçamento sempre foi um problema e em nossas reuniões com as associações nenhuma solução efetiva para a captação de recursos, que não aqueles oriundos da União, foi efetivada.”

A desembargadora disse que naquela época foi “surpreendida” com a efetivação dos cortes orçamentários “que nos impediram de prosseguir com aquela ou qualquer solução. Em 7 de julho, divulgamos carta aberta em que explicávamos a grave crise por que passamos e dizíamos que lutávamos para evitar o fechamento do Regional em agosto. Naquele contexto não havia recurso financeiro algum disponível”.

Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região é a maior regional do país (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)

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