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Após paralisações, rodoviários do DF aceitam reajuste de 4%
Última proposta das empresas de ônibus previa aumento de 3,9%, mas foi rejeitada pela categoria. Acordo inclui manutenção de benefícios, como vale-refeição e plano de saúde.
Os rodoviários do Distrito Federal aceitaram proposta de reajuste salarial de 4% das empresas de ônibus Urbi, Pioneira, Marechal, São José, Piracicabana e TCB. A decisão foi tomada em assembléia neste domingo (9) após tentativas frustradas de negociação e paralisações da categoria. (Veja histórico abaixo).
O acordo também inclui a manutenção de benefícios, como vale-refeição, cesta básica, jornada de 6 horas e plano de saúde. O aumento no sálario será retroativo a maio e as empresas têm 30 dias para fazer o reajuste.
A última proposta apresentada pelas empresas e rejeitada pelos rodioviários previa reajuste de 3,9% no salário, cesta básica e vale-alimentação – com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
A categoria pedia 10% de reajuste salarial e 20% no vale-alimentação, além de passe livre para uso do metrô. No entanto, as viações afirmaram não ter condições de bancar aumentos desta proporção.
Onibus da TCB, empresa pública do DF, estacionados na Rodoviária de Brasília
Diante do impasse, os rodoviários decidiram não fazer horas extras – as chamadas “meias-viagens” – na última segunda-feira (3). Apesar de não afetar a frota, a oferta do serviço foi reduzida em 30% nos horários de pico, das 5h e das 18h.
Histórico das paralisações
Em maio, os rodoviários também interromperam os serviços, mas por outro motivo. Na ocasião, quatro das cinco empresas que rodam com ônibus convencionais no DF fizeram greve por atraso no pagamento de salários e benefícios a motoristas e cobradores.
Eles cobravam o adiantamento de 40% do salário. Apenas a Piracicabana, que havia feito os depósitos, conseguiu tirar os carros da garagem. Em defesa, as empresas disseram que a dívida do GDF na época alcançava R$ 200 milhões e, por isso, havia dificuldade para honrar a folha salarial.
A Secretaria de Mobilidade informou que o governo estava “cumprindo o cronograma de pagamento”, definido no ano passado. No mesmo dia, horas depois, as viações efetuaram os pagamentos e os ônibus voltaram a rodar.
A última paralisação ocorreu no dia 30 de junho em forma de protesto contra as reformas do trabalho e da Previdência, apresentadas pelo governo de Michel Temer. Em função da perda do serviço, que ficou 18 horas sem funcionar, o Sindicato dos Rodoviários entrou em acordo com as empresas para compensar as horas não trabalhadas.
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