Após tempestade, imóveis sem energia caem para menos de 25 mil em São Paulo

Oito dias após um ciclone extratropical atingir São Paulo, o número de residências sem luz diminuiu para menos de 25 mil, um marco importante na recuperação do fornecimento. Até as 14h17 de quinta-feira (18/12), aproximadamente 24.785 imóveis ainda estavam sem eletricidade, o menor número desde o pico de 2,2 milhões atingido na terça-feira (9/12).

Nos dias que se seguiram, apesar da redução contínua, o número de casas afetadas permaneceu elevado, acima de 45 mil, até registrar essa significativa queda nesta quinta-feira, indicando avanço na restauração dos serviços.

A Enel, empresa responsável pela distribuição de energia na capital e na região metropolitana, declarou ter atendido todas as exigências regulatórias e reportou melhorias na qualidade do atendimento. A concessionária também expressou confiança no sistema jurídico e regulatório para assegurar estabilidade aos consumidores.

O ciclone trouxe ventos fortes e temporais, provocando interrupções generalizadas na energia e afetando serviços essenciais, como o fornecimento de água em São Paulo e em nove cidades vizinhas. A queda de energia comprometeu o funcionamento dos sistemas de bombeamento de água, conforme explicado pela Sabesp.

Na manhã de quarta-feira (10/12), a cidade registrou rajadas de vento que alcançaram até 96,3 km/h, agravando os danos causados pela tempestade. O fenômeno, originado no sul do país, manteve a região em alerta, com ventos ciclônicos, quedas de árvores, destelhamentos, falta de energia e prejuízos à infraestrutura urbana.

Desde o início da Operação Chuvas em 10 de dezembro, a Defesa Civil contabiliza sete vítimas fatais no estado, incluindo duas mortes registradas na terça-feira (16/12) em Ilhabela, no litoral norte. A região sofreu fortes chuvas durante a madrugada de quarta-feira (17/12), com um volume pluviométrico em apenas três horas semelhante ao esperado para três semanas.

Ubatuba apresentou o maior índice de chuvas no estado nas últimas 24 horas, com 182 milímetros, de acordo com a Defesa Civil.