Frequentadora do Parque da Cidade aos domingos, a aposentada Tainá Gutemberg reclama da seca que atinge o lago ao lado do estacionamento 10 do local, em Brasília. Pelas imagens que registrou neste domingo (22), ela mostra que é possível andar na parte que era coberta pela água, e que normalmente chega a atingir 1,5 metro de profundidade.
O secretário de Turismo, Jaime Recena, disse que o lago está vazio por causa da estiagem que atinge o Distrito Federal. “Passamos entre 20 e 30 dias sem chuva, com níveis diferentes do que é normal pra esta época”, explicou. A secretaria encaminhou à reportagem um vídeo que mostra o lago sendo reabastecido. Segundo a pasta, as imagens foram registradas também neste domingo.
“Todo ano o lago dá uma ‘secada’. Aí aproveitamos para fazer uma limpeza no local. Ela já foi concluída na última quinta, e voltamos a encher”, continuou o secretário. “Em até dez dias, o nível da água deve voltar ao normal.”
Para Tainá, é a primeira vez que o lago fica desta forma. “No ano passado, não ficou assim. Tinha peixe ainda. Ficou tão grave que as milhares de tilápias que estavam lá sumiram. Não sei para onde foi”, relatou. “A administração do parque não deveria ter deixado isso acontecer.”
Nascida em Goiânia, a mulher de 56 anos contou que é apegada ao Parque da Cidade desde quando era adolescente. “Vim para Brasília aos 14 anos. Meus pais sempre me levavam aos pedalinhos”, relembrou.
“Hoje faço caminhadas, contornando todo o lago. Para mim, é um ponto de referência pela beleza e pela quantidade de animais. Cresci vendo isso tudo e hoje levo meus netos para passear”, afirmou a moradora da Asa Sul.
Outro caso
No ano passado, um cachorro foi flagrado correndo sobre a extensão do lago, que tinha ficado com apenas 60 centímetros de profundidade. À época, o então subsecretário do espaço, Alexandro Ribeiro, afirmou que uma erosão na lateral de terra do lago provocou o escoamento da água para uma galeria pluvial.
Durante o período, parte do lago vai precisou ser esvaziada e isolada. Segundo a subsecretaria, os animais que vivem na água não foram prejudicados. “Será necessário que o lago esvazie um pouco para fazer a contenção e manutenção da erosão. Durante o período, nenhum peixe e nenhum pato vai morrer”, disse Ribeiro na ocasião.
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