Economia
Apple Watch pode medir pressão alta e aguarda aprovação no Brasil

Após anunciar que seus novos relógios serão capazes de detectar sinais de pressão alta por meio de algoritmos, a Apple confirmou que essa função inovadora já recebeu aprovação do FDA, órgão semelhante à Anvisa nos Estados Unidos, conforme reportado pela Bloomberg.
Essa funcionalidade estará incluída no modelo Ultra 3, o mais sofisticado da Apple. As vendas começam na próxima sexta-feira nos EUA e em outros países, totalizando 150 nações.
No Brasil, onde ainda não há data oficial para lançamento, a aprovação da Anvisa é necessária e o recurso já está em avaliação. A expectativa é que o recurso para identificar hipertensão esteja disponível em breve para o mercado brasileiro junto com os novos relógios.
O Ultra 3 será comercializado no Brasil por a partir de R$ 10.499, disponível em duas cores e com várias opções de pulseiras. O modelo foi anunciado na última terça-feira em um evento nos Estados Unidos.
Além do Ultra 3, o recurso estará disponível também no Apple Watch Series 9 e no Apple Watch Ultra 2. Na mesma ocasião, a empresa apresentou a linha Apple Watch Series 11, com preços começando em R$ 5.499 no Brasil.
Para fazer a análise da pressão arterial, um sensor cardíaco óptico presente no Apple Watch coleta dados e avalia a resposta dos vasos sanguíneos aos batimentos cardíacos do usuário durante 30 dias.
Após esse período, o usuário é informado caso algum sinal de hipertensão crônica ou pressão alta seja detectado. A hipertensão é um dos principais fatores de risco para ataque cardíaco, AVC e doença renal, afetando em torno de 1,3 bilhão de adultos globalmente, segundo dados da Apple.
A empresa destaca que esse recurso foi criado utilizando avançadas técnicas de aprendizado de máquina e dados de múltiplos estudos com mais de 100 mil participantes. Em seguida, sua eficácia foi comprovada em um estudo clínico com mais de 2 mil voluntários.
Esse recurso não é indicado para pessoas abaixo de 22 anos, indivíduos já diagnosticados com hipertensão ou para gestantes.
Essa atualização reforça o compromisso da Apple em ampliar suas funcionalidades de saúde, frente à crescente concorrência de empresas como Garmin, Samsung e Oura.
Segundo a Anvisa, o procedimento de regulamentação abrange o software que transforma os dados brutos dos sensores em informações médicas utilizáveis.
“No processo regulatório submetido à Anvisa, a empresa deve demonstrar a segurança e eficiência desses softwares para obter as informações ou medições indicadas, incluindo documentação de testes clínicos, validações e certificações que comprovem a exatidão e confiabilidade das medições”, declarou a Anvisa.
Atualmente, conforme a Anvisa, empresas como Apple, Samsung e Huawei possuem softwares aprovados para diversas funcionalidades médicas.

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