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Arábia Saudita executa 37 pessoas acusadas de terrorismo

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Uma delas foi crucificada, uma modalidade de execução não muito comum nos últimos anos e reservada aos autores de crimes considerados extremamente graves

No ano passado, as autoridades executaram 149 presos, três a mais do que em 2017, apesar da promessa do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman de reduzir o número de pessoas condenadas a essa pena no reino
(foto: Saudi Royal Palace / AFP)

As autoridades da Arábia Saudita informaram nesta terça-feira, 23, que 37 pessoas acusadas de terrorismo foram executadas – uma delas crucificada -, dois dias depois de um ataque terrorista frustrado ter tido autoria reivindicada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

O Ministério do Interior anunciou que as execuções aconteceram depois que o Tribunal de Apelação, o Tribunal Supremo e um decreto real confirmaram as penas. De acordo com a nota, as pessoas executadas foram condenadas por crimes como adoção de ideologia extremista, formação de células terroristas, desestabilização da segurança, assassinato de soldados e traição por colaboração com entidades hostis ao reino.

Ainda segundo a pasta, as execuções aconteceram nesta terça nas cidades de Riad, Meca, Medina, Kassala, Al Qasim e Asir. O governo informou que todos os executados, que foram identificados no comunicado, eram sauditas. Segundo a nota, um deles foi crucificado, uma modalidade de execução não muito comum nos últimos anos e reservada aos autores de crimes considerados extremamente graves.

As execuções aconteceram dois dias depois de as forças de segurança informarem sobre um possível ataque “terrorista” frustrado no qual quatro supostos autores da ação tinham como alvo um centro de investigação na província da Al-Zulfi, 260 quilômetros ao norte de Riad.

No ano passado, as autoridades executaram 149 presos, três a mais do que em 2017, apesar da promessa do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman de reduzir o número de pessoas condenadas a essa pena no reino.

As últimas execuções em massa na Arábia Saudita haviam acontecido em janeiro de 2016, quando 47 pessoas, também condenadas por “terrorismo”, incluindo o líder religioso xiita Nimr Baqir Al-Nimr, foram executadas no mesmo dia. (Com agências internacionais)

 

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