Economia
Argentina diminui impostos sobre exportação de soja e cereais
O governo da Argentina anunciou uma redução nas taxas de exportação para soja e cereais com o objetivo de aumentar a entrada de divisas no país.
A medida visa enfrentar a necessidade urgente do país de captar dólares para cumprir compromissos financeiros previstos para janeiro. Ao diminuir esses impostos, espera-se beneficiar os agricultores, aumentando a comercialização e consequentemente a arrecadação.
Os impostos sobre a exportação de soja foram reduzidos de 26% para 24%, enquanto os subprodutos da oleaginosa tiveram o imposto reduzido de 24,5% para 22,5%. A Argentina é um dos maiores produtores agrícolas do mundo.
A redução também contempla taxas sobre o trigo e cevada, que caíram de 9,5% para 7,5%, milho e sorgo, de 9,5% para 8,5%, e girassol, de 5,5% para 4,5%.
De acordo com o ministro da Economia, Luis Caputo, essa ação visa fortalecer a competitividade da agroindústria, um setor central para a economia argentina, responsável por cerca de 60% das exportações do país.
O governo de Javier Milei tem o compromisso de elevar as entradas de moeda estrangeira para consolidar as reservas do Banco Central, que é um ponto crítico no seu plano econômico, já analisado pelo Fundo Monetário Internacional. Em abril, a Argentina recebeu um empréstimo de 20 bilhões de dólares.
Para garantir novos recursos, o governo pretende lançar um título em dólares em um leilão, marcando seu retorno ao mercado internacional de dívida desde 2018. Além disso, o ministro Luis Caputo confirmou negociações para um empréstimo bancário na casa dos 7 bilhões de dólares.
A Argentina necessita desses fundos para liquidar cerca de 4 bilhões de dólares em débitos previstos para janeiro.
Em julho, o governo já havia adotado uma política similar, reduzindo os impostos sobre exportações de soja e cereais para ampliar a entrada de divisas para o país.


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