Conecte Conosco

Mundo

Argentina investiga corrupção na agência de PcDs com envolvimento da irmã de Milei

Publicado

em

Justiça argentina realizou nesta sexta-feira (22) uma série de 16 buscas para coletar evidências em uma investigação relacionada a um possível esquema de corrupção na Agência Nacional da Pessoa com Deficiência. O caso envolve a irmã do presidente Javier Milei, Karina Milei, que atua como secretária da Presidência, segundo informações fornecidas por fontes judiciais à AFP.

A apuração teve início após a divulgação de áudios atribuídos a Diego Spagnuolo, ex-dirigente da agência afastado na quinta-feira, contendo menções a pedidos de propina e citando Karina Milei e outros funcionários de alto escalão. Até o momento, a autenticidade das gravações não foi confirmada, mas tampouco desmentida por fontes próximas ao caso.

Nos áudios, há relatos de supostos subornos envolvendo Karina Milei e o subsecretário de Gestão, Eduardo Menem. Uma das frases destacadas é: “Estão roubando, você pode fingir que não sabe, mas não joguem esse problema para mim. Tenho todas as mensagens de WhatsApp de Karina“.

A denúncia foi feita pelo advogado Gregorio Dalbón em um momento delicado para o governo, coincidente com a revogação pelo Congresso de um veto do presidente a uma medida que declara emergência no setor de Deficiência, liberando mais recursos para a área. O episódio ocorre também no cenário da campanha eleitoral para as legislativas em 26 de outubro, onde será avaliado o apoio à administração do presidente.

No curso das buscas, uma farmácia de renome teve uma quantia de 266 mil dólares (aproximadamente R$ 1,5 milhão) apreendida. Esta farmácia é mencionada nos áudios como fornecedora principal de medicamentos à Agência e supostamente envolvida em repasses ilegais de dinheiro.

Foram confiscados ainda celulares, computadores, documentos sobre compras e licitações, além de outros dispositivos eletrônicos que serão analisados pela Procuradoria sob a coordenação do juiz federal Sebastián Casanello.

Até o momento, nenhuma prisão foi efetuada e não há divulgação de acusações formais, em respeito ao segredo de justiça.

A investigação aponta que Karina Milei e Eduardo Menem podem estar envolvidos em um esquema de cobrança e pagamento de propinas relacionado à compra e fornecimento de medicamentos, o que, se confirmado, caracteriza crimes como corrupção, administração fraudulenta e associação ilícita.

O governo da Argentina ainda não se pronunciou sobre o caso.

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados