Centro-Oeste
Arroz com insetos e larvas em escolas do Distrito Federal
Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) pediu explicações à Secretaria de Educação do DF sobre denúncias relacionadas ao arroz contaminado por insetos e larvas, más condições de higiene nos depósitos e problemas nas cozinhas das escolas. Um relatório do Conselho de Alimentação Escolar do DF revelou que fiscalizações em várias regiões, como Planaltina e Taguatinga, encontraram arroz impróprio para consumo.
Durante as inspeções, foram verificadas contaminações recorrentes, com pacotes de arroz contendo carunchos vivos em algumas unidades escolares. A Secretaria de Educação, até o momento, afirmou não ter sido formalmente notificada, mas está acompanhando as investigações e pronta para colaborar.
Em uma escola de Riacho Fundo, uma estudante registrou em vídeo a presença de larvas na canjica servida, confirmação também feita pelos conselheiros durante visita técnica. Além disso, foram encontrados feijões contaminados, carne sem procedência identificada e instalações inadequadas, como falta de ventilação e tubulações expostas.
Também foram detectados problemas no armazenamento do arroz, com grandes quantidades de produto contaminado armazenadas fora dos locais apropriados. As inspeções apontaram ainda a presença de moscas, baratas e formigas perto das áreas de preparo, além de falhas no controle da temperatura dos equipamentos de refrigeração.
O TCDF alertou a Secretaria para melhorar os controles de qualidade e gerenciamento dos estoques, garantindo que alimentos contaminados não sejam distribuídos para os alunos da rede pública do DF.
Além disso, denúncias indicaram que a carne fornecida por uma empresa apresentava excesso de gordura e materiais estranhos. Vistoriias também relataram que uma parte das escolas vistoriadas não tinha água potável ou apresentava água imprópria para consumo, além de problemas na manutenção das caixas d’água.
A Secretaria de Educação destacou que a alimentação escolar passa por fiscalização frequente realizada por nutricionistas, que visitam regularmente as unidades para verificar armazenamento, qualidade e preparo dos alimentos. Toda denúncia é apurada, podendo resultar em sanções às empresas responsáveis.
Quando há identificação de irregularidades nos alimentos, são solicitadas análises laboratoriais e a substituição imediata dos produtos inadequados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF).

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