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Assassino de revisor de jornal será julgado após sete anos

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Pedro Alexandre Silva Lobo Boff, 25 anos, será julgado pelo Tribunal do Júri pelo assassinato do revisor de jornal Rubens Bonfim Leal. O julgamento começou na manhã desta terça-feira (16/12), na Vara Criminal do Núcleo Bandeirante, Distrito Federal.

O crime aconteceu em maio de 2018, quando Rubens tinha 35 anos e Pedro, 19. Identificado pela Coordenação de Homicídios e Proteção à Pessoa (CHPP) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Pedro foi preso e enfrentará acusações de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e execução cruel.

Pedro mora na Cidade Estrutural, onde foi localizado pelos investigadores apenas em março deste ano. Sem antecedentes criminais, ele só tinha registro policial por uso e posse de drogas.

Na época do crime, uma amiga de Rubens relatou que estava com ele em uma festa no Guará, na noite do dia 12 de maio de 2018. Por volta das 4h30, ela o levou para casa, localizada na mesma região administrativa. Segundo ela, Rubens pegou o carro logo depois e disse que faria uma volta no Polo de Modas, no Guará II.

Relembrando o caso

O corpo de Rubens foi encontrado com marcas de facadas no Paradise Vegas Motel, situado no Setor de Motéis do Núcleo Bandeirante. Ele estava caído no chão, de bruços e sem roupas, na entrada do banheiro da suíte.

Mãos e pernas estavam amarradas com lençóis, e havia sangue espalhado ao redor do corpo.

Na ocasião, câmeras de segurança captaram apenas imagens dos corredores aos quais somente funcionários tinham acesso.

Funcionários do motel informaram à Polícia Militar do Distrito Federal que Rubens chegou ao local por volta das 7h30, dirigindo um VW Gol e acompanhado por um homem. Em certo momento, após algum tempo dentro do estabelecimento, Pedro tentou sair dirigindo o carro de Rubens. Ele alegou que iria comprar remédios na farmácia próxima.

Como a conta do motel não havia sido quitada, o porteiro, Josemy Gonzaga, impediu a saída. Em seguida, os funcionários tentaram contato com o quarto, mas Rubens não atendeu ao telefone.

O veículo da vítima foi deixado em frente a uma suíte diferente da reservada pelos dois. As autoridades suspeitam que Pedro Alexandre tenha fugido subindo em uma VW Kombi que estava estacionada e pulado o muro do motel.

Prisão

Sete anos depois do crime, o suspeito foi capturado em 26 de março de 2025, mas a prisão foi oficializada em 2 de abril. Logo após a identificação, o assassino admitiu o crime aos agentes policiais durante seu depoimento.

A Polícia Civil do Distrito Federal realizou uma investigação rigorosa, com numerosas audiências, entrevistas, perícias e medidas judiciais cautelares, confirmando a autoria do crime através de um trabalho integrado com o Instituto de Identificação e o Instituto de Pesquisa de DNA forense.

Uma inovação tecnológica permitiu identificar as impressões digitais e o DNA do suspeito. Também foram confirmadas as impressões podoscópicas de Pedro, encontradas em pegadas de sangue no quarto do motel onde cometeu o assassinato antes de fugir.

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