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Assessores de Trump devem depor em processo de impeachment, decide juíza

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Medida representa outra vitória dos democratas da Câmara no processo de impeachment do presidente Donald Trump

Trump: Ketanji destacou que o princípio se aplica a todos os assessores presidenciais, atuais e anteriores (Tom Brenner/Reuters)

Washington – Uma juíza do Tribunal de Apelações do distrito de Washington decretou na segunda-feira, 25, que os principais assessores do presidenteDonald Trump devem depor perante os investigadores do seu processo de impeachment.

No caso envolvendo o ex-advogado da Casa Branca Don McGahn, citado em maio pelo Comitê Judicial da Câmara, a juíza Ketanji Jackson determinou que os altos funcionários da administração não podem alegar imunidade com base na proximidade que têm com o presidente. “Os presidentes não são reis”, escreveu a juíza em sua decisão de 120 páginas, acrescentando que o argumento do governo é uma “ficção”.

Apesar da decisão envolver especificamente o caso de McGahn, Ketanji destacou que o princípio se aplica a todos os assessores presidenciais, atuais e anteriores. A medida configura outra vitória para os democratas da Câmara em sua luta para impulsionar o impeachment do Trump.

“Ninguém está acima da lei”

Vários altos funcionários ligados a Trump têm ignorado as convocações do Congresso para depor no processo de impeachment. “Ninguém, nem mesmo o Poder Executivo, está acima da lei”, destacou a juíza. Neste sentido, a magistrada garantiu que o Congresso tem o poder de convocar para depor qualquer assessor do presidente – seja envolvido em políticas domésticas ou em questões de segurança nacional.

A decisão pode abrir caminho para que o Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados, que investiga Trump pelo chamado escândalo da Ucrânia, possa forçar o testemunho de três elementos-chave: o ex-assessor de segurança nacional John Bolton, o chefe de gabinete da Câmara dos Deputados, Mick Mulvaney, e o secretário de Estado, Mike Pompeo.

Investigação

Trump é suspeito de vincular uma ajuda militar à Ucrânia a uma investigação, por parte de Kiev, sobre o ex-vice-presidente democrata e pré-candidato presidencial Joe Biden, possível principal rival do presidente dos EUA nas eleições de 2020. (Com agências internacionais).

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