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Ataque a sinagoga no Reino Unido: vítima pode ter sido ferida por policial

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Dois homens perderam a vida após um ataque violento com carro e faca em uma sinagoga na cidade de Manchester, Inglaterra. As autoridades policiais informaram que uma das vítimas pode ter sido atingida acidentalmente por um disparo feito por um policial, enquanto fiéis tentavam evitar a entrada do agressor no local.

Os falecidos, moradores locais Adrian Daulby, 53 anos, e Melvin Cravitz, 66 anos, foram atacados durante o ocorrido na Sinagoga da Congregação Heaton Park, no subúrbio de Crumpsall. Outras três pessoas seguem hospitalizadas em estado grave.

Sete minutos após atropelar pessoas do lado de fora da sinagoga e utilizar uma faca contra elas, a polícia reagiu e matou o suspeito. Ele estava com um cinto que aparentava explosivos, que posteriormente foi confirmado como falso.

O chefe da Polícia da Grande Manchester, Stephen Watson, mencionou que um patologista preliminarmente constatou que uma vítima fatal apresentava uma ferida de bala. O agressor não portava arma de fogo, e o ferimento pode ter sido uma consequência inesperada da ação policial. Um dos feridos internados também pode ter sido atingido por um tiro.

As vítimas baleadas estavam próximas umas às outras, atrás da porta da sinagoga, enquanto os fiéis agiam bravamente para impedir a entrada do agressor, segundo Watson.

Contexto do ataque

O ato violento ocorreu no Yom Kippur, o dia mais solene do calendário judaico, quando os fiéis se reuniam na sinagoga ortodoxa para celebrar o momento.

Reação das lideranças

Ephraim Mirvis, rabino-chefe e líder do judaísmo ortodoxo no Reino Unido, afirmou que o ataque reflete uma crescente onda de ódio contra os judeus, tanto nas ruas quanto na internet. Nas redes sociais, ele expressou tristeza por um evento que esperava nunca presenciar, ainda que soubesse que poderia ocorrer.

Sobre o agressor

A polícia identificou o atacante como Jihad Al-Shamie, um cidadão britânico de 35 anos com origem síria. Ele migrara para o Reino Unido na infância e adquiriu cidadania em 2006. Seu nome, que significa “o sírio” em inglês, pode não ser o nome verdadeiro.

As autoridades tratam o incidente como um ato terrorista. A ministra do Interior, Shabana Mahmood, ressaltou que o agressor não constava em registros policiais ou no programa Prevent, que busca identificar indivíduos com risco de radicalização. A investigação continua para determinar se atuou sozinho ou em grupo, e se os motivos estão sendo devidamente esclarecidos.

Três pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento em planejamento ou atos relacionados ao terrorismo, incluindo dois homens na faixa dos 30 anos e uma mulher na casa dos 60.

Vizinhos do agressor, que residia no subúrbio Prestwich, a aproximadamente 3 km da sinagoga, descreveram-no como um indivíduo comum. Sua família, conforme declaração pública no Facebook, condenou o ataque e expressou solidariedade às vítimas e suas famílias, desejando força e conforto para todos.

Resposta da comunidade e autoridades

Líderes religiosos e políticos repudiaram o ataque, reforçando o compromisso de proteger e apoiar a comunidade judaica, que conta com cerca de 300 mil membros no Reino Unido. A polícia elevou a presença de agentes nas ruas de Manchester para garantir a segurança nos dias seguintes ao incidente.

O primeiro-ministro Keir Starmer visitou o local, classificando o episódio como um ataque terrorista destinado a espalhar medo e que teve como alvo judeus pela sua fé. Ele destacou a importância da união nacional, independentemente de crenças religiosas, para mostrar apoio e solidariedade à comunidade afetada.

A futura líder da Igreja da Inglaterra, bispa anglicana Sarah Mullally, também ressaltou que o ódio e o preconceito não devem dividir as pessoas, reforçando a necessidade de união e respeito entre todos os cidadãos.

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