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Ataques a ônibus acabam, mas polícia mantém investigação ampla

Após cerca de dois meses e meio, os ataques a ônibus na capital paulista, que resultaram em mais de 600 incidentes, chegaram ao fim, conforme informado pela Prefeitura de São Paulo. Porém, a Polícia Civil ainda não resolveu o caso e continua investigando todas as possibilidades.
De acordo com a SPTrans, o número de casos de vandalismo contra o transporte público voltou ao nível normal. Atualmente, a média diária de ocorrências é de 3,6, semelhante ao número antes dos ataques que começaram em 12 de junho. No auge da onda, em julho, essa média chegou a quase 13 casos diários.
A administração municipal atribui o fim dos ataques à presença de agentes da Guarda Civil Metropolitana nos ônibus. No final de julho, 200 guardas foram designados para atuar dentro dos coletivos em áreas mais afetadas.
A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte e a SPTrans condenam veementemente os atos de vandalismo e continuam colaborando com as autoridades policiais para as investigações.
Ainda sem respostas
Apesar dos numerosos incidentes registrados na região metropolitana, a Polícia Civil não conseguiu determinar as motivações nem identificar todos os envolvidos. Nenhuma linha de investigação está descartada oficialmente.
A prisão mais significativa até o momento foi a do servidor público Edson Aparecido Campolongo, acusado de 17 ataques. Seu irmão, Sergio Aparecido Campolongo, também foi detido por participação em outros ataques.
Edson Campolongo declarou à polícia que seus atos tinham a intenção de “consertar o Brasil” e “tirar o país do buraco”, mas admitiu que agiu errado e que sua atitude não foi correta.
A investigação destaca a diferença entre os ataques coordenados por ele e os casos isolados envolvendo outros suspeitos.
O diretor do Deic, Ronaldo Sayeg, apontou possíveis motivos como conflitos entre sindicatos ou empresas de ônibus que perderam contratos. A hipótese de provocação por desafios na internet foi considerada, mas descartada posteriormente.
A Secretaria da Segurança Pública afirmou que as forças de segurança permanecem empenhadas em identificar e prender os responsáveis pelos ataques. O caso está sob investigação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), enquanto a Polícia Militar mantém uma operação especial para reforçar a segurança no transporte público.
As investigações estão em segredo para garantir a autonomia das autoridades policiais, e mais informações serão divulgadas no tempo apropriado.

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