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Ataques a ônibus em São Paulo: capital tem 36 casos e estado totaliza 755

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A cidade de São Paulo registrou 36 ataques contra ônibus nesta terça-feira (15/7), caracterizando o terceiro dia mais violento desde o início da série de atos de vandalismo, conforme dados da SPTrans. O número total de veículos atingidos na capital atingiu 466.

No âmbito da região metropolitana e litoral do estado, a soma de ônibus atacados alcança 755 ocorrências, segundo levantamento da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), responsável pelo transporte coletivo intermunicipal. As ações ocorreram em 27 cidades.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) comunicou que oito suspeitos já foram detidos até o momento por participação nos ataques. De acordo com as autoridades, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) conduz as investigações na capital e na Grande São Paulo, realizando diligências e analisando informações para identificar e capturar outros envolvidos.

A equipe investigativa considera múltiplas hipóteses para as motivações dos ataques, incluindo disputas entre empresas de ônibus e desafios relacionados à internet, embora não tenha indicado uma linha principal de investigação.

Comentários do Prefeito

Na capital, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) expressou críticas à Polícia Civil devido à demora na resolução do caso e na identificação dos autores dos atos de vandalismo. “Está demorando, eu reconheço. Reconheço. Até faço aqui uma crítica à Polícia Civil. Quando a gente tem que elogiar, tem que elogiar, mas também quando tem que criticar, tem que criticar. Está demorando, mas a certeza que a gente tem é que a Polícia Civil vai chegar numa conclusão de identificar quem são essas pessoas e [chegar] à punição”, afirmou o prefeito em entrevista à Globonews.

Caso de criança ferida

Na terça-feira (16/7), um menino de 10 anos ficou ferido por estilhaços durante um ataque com bolinha de gude a um ônibus na região do Morumbi, zona oeste da cidade. O incidente aconteceu na Avenida Jorge João Saad, por volta das 13h10. A criança sofreu sangramento e foi atendida no Hospital Luz Butantã.

Testemunhas relataram a presença de dois ônibus com vidros quebrados na ocasião, além de encontrar uma bolinha de gude dentro de um dos veículos.

Relatório Policial

A Polícia Civil de São Paulo elaborou um relatório que analisa os ataques a ônibus ocorridos na região metropolitana entre 21 de maio e 5 de julho, totalizando cerca de 191 ocorrências registradas.

A zona sul da capital concentra o maior número de ataques (85), seguida pelas zonas oeste (65), leste (19), centro (16) e norte (6).

As avenidas com maior quantidade de ataques, contabilizando ao menos cinco casos cada, são Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, Avenida Interlagos, Avenida Vereador João de Luca e Avenida Cupecê na zona sul; Avenida Brigadeiro Faria Lima, Avenida Corifeu de Azevedo Marques e Rodovia Raposo Tavares na zona oeste; e Avenida Sapopemba e Avenida Senador Teotônio Vilela na zona leste.

Quase 70% dos ataques ocorreram entre quintas-feiras e sábados, sendo que 65 ataques aconteceram na quinta-feira. As empresas de ônibus mais afetadas foram Vidazul Transportes, Sambaiba, Viação Campo Belo, Via Sudeste, Viação Gatusa, Viação Grajaú, Transpass e Mobibrasil, esta última sendo a mais atingida, com aproximadamente 40 ataques, cerca de 30% do total.

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