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Ataques a ônibus em São Paulo: Governo tranquiliza população

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou na manhã de quinta-feira (10/7) que a população não precisa se preocupar com a onda recente de ataques a ônibus em São Paulo.
Segundo o governador, uma grande operação está em andamento para capturar os responsáveis: “A inteligência está trabalhando”, afirmou.
“Já detivemos três suspeitos e estamos investigando para encontrar a ligação entre os casos, inclusive com quebra de sigilo telefônico para entender o que está acontecendo”, explicou Tarcísio durante visita às obras da Linha 6-Laranja do metrô.
Essa declaração ocorre em meio ao pior dia registrado desde o início dos ataques, em 12 de junho, quando 59 ônibus foram danificados em São Paulo.
De acordo com dados da SPTrans, foram 339 ônibus atacados na capital paulista desde então, principalmente com pedradas nas janelas.
Prisões realizadas
Na manhã de quinta-feira (10/7), um homem foi detido após ser flagrado atacando um ônibus com uma pedra em Guaianases, zona leste de São Paulo. O coletivo estava parado, vidros foram quebrados, mas ninguém se feriu.
No domingo (6/7), outro suspeito foi preso por atirar uma pedra em um ônibus, ferindo uma passageira em 27 de junho, na Avenida Washington Luís, Campo Belo, zona sul da cidade.
Na sexta-feira (4/7), um adolescente foi apreendido por envolvimento em ataques em Cotia, região metropolitana, que registrou 30 incidentes no mês passado. Naquele dia, seis ônibus foram vandalizados.
Também no sábado (5/7), dois homens foram presos em flagrante após danificarem ônibus em Pirituba e Santo Amaro, zonas norte e sul, respectivamente. Um deles foi detido após arremessar um pedra contra um ônibus na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, ferindo uma mulher. Ele foi levado à delegacia do 87º Distrito Policial (Vila Pereira Barreto).
Orientações e investigações
A SPTrans orienta que as empresas responsáveis comuniquem imediatamente à Central de Operações todos os incidentes e registrem as ocorrências na polícia. A empresa deve substituir o veículo danificado para garantir a continuidade do serviço; caso contrário, será penalizada.
Ronaldo Sayeg, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), declarou que os ataques podem estar ligados a desafios na internet, descartando, por enquanto, envolvimento do crime organizado.
“Não há indícios de ação coordenada por facções criminosas, pois falta um propósito claro, típico dessas organizações. Estamos investigando outras hipóteses, como desafios na internet”, comentou o delegado.
Ele acrescentou que há monitoramento das redes sociais, porém, ainda sem evidências concretas nessa linha.
O vice-governador Felício Ramuth (PSD) também mencionou a possibilidade de os desafios virtuais estarem relacionados aos ataques, após conversa com autoridades da região da Baixada Santista.
Operação de segurança
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que as forças de segurança continuam mobilizadas para combater e investigar os ataques na capital e região metropolitana.
A Polícia Militar lançou a Operação Impacto – Proteção a Coletivos, mobilizando cerca de 7,8 mil policiais e 3,6 mil viaturas em todo o estado para garantir a segurança de passageiros e funcionários do transporte público.
Simultaneamente, a Polícia Civil, por meio do Deic, trabalha para identificar os envolvidos, realizando monitoramento das redes sociais com apoio da Divisão de Crimes Cibernéticos (Dcciber), dado suspeitas de articulação pela internet.

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