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Ataques de escorpiões no DF aumentam 37% em 2020
Os acidentes domésticos causados por escorpião aumentaram 36,9% neste ano, no Distrito Federal. O levantamento é da Vigilância Ambiental, que registrou 712 pessoas picadas pelo animal entre os meses de janeiro a maio. No mesmo período do ano passado houve 520 ocorrências.
A aposentada Lia Barcellos, de 78 anos, foi uma das vítimas. Em março, a idosa foi picada no dedo da mão e, por causa da dor, precisou ir até o hospital para receber anestesia local. Na semana passada, ela voltou a encontrar um escorpião na cozinha de casa, na 707 sul.
Devido ao surgimento dos animais peçonhentos, a família da aposentada disse que tentou contato com a Vigilância Ambiental, mas nunca conseguiu (veja canais abaixo).
A médica intensivista e especialista em escorpiões Adele Vasconcelos afirma que esses animais costumam aparecer mais nesta época do ano, quando começa a seca. “Começam a ter mais escorpiões porque, como seca muito a vegetação, eles começam a entrar para o ambiente urbano”, diz.
Em caso de acidentes
De acordo com especialistas, mais de 60% das picadas de escorpiões são nas mãos e nos antebraços, porque, normalmente, o ataque acontece quando a pessoa vai pegar objetos, e o animal está lá.
Em caso de acidentes, o recomendado é ir até um hospital. Segundo os médicos, na maioria das vezes, a picada causa dor intensa, vermelhidão, inchaço e dormência no local. No entanto, em casos mais graves, parte do veneno atinge a corrente sanguínea e pode haver transpiração, salivação, vermelhidão pelo corpo, náuseas, vômitos e confusão mental.
O atendimento deve ser feito imediatamente, já que o soro antiescorpiônico tem mais eficácia se for aplicado logo após a picada.
A Secretaria de Saúde também recomenda que o animal seja levado, em segurança, ao hospital ou à Diretoria de Vigilância Ambiental para que a espécie seja identificada.
Canais de atendimento
Segundo a Secretaria de Saúde, as vítimas devem procurar a emergência dos hospitais ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O Centro de Informações Toxicológicas pode dar as primeiras orientações no caso de pessoas picadas. O telefone para contato é: 0800 644-6774.
O serviço de Vigilância Ambiental também pode ser acionado pelo número (61) 2017-1343 ou pelo Disque-Saúde 160.
Cuidados com as áreas externas
- Mantenha limpos quintais e jardins, não acumule folhas secas ou lixo domiciliar
- Acondicione o lixo em sacos plásticos ou outros recipientes fechados e entregue para o serviço de coleta
- Elimine baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados,eles são fontes de alimento para os escorpiões
- Evite entulhos de obras
- Preserve os inimigos naturais do escorpião: aves, pequenos macacos, quatis, lagartos, sapos e gansos (as galinhas não são agentes controladores eficazes dos escorpiões, pois possuem hábitos diurnos enquanto os escorpiões, noturnos)
- Evite queimadas em terrenos baldios para evitar o desalojamento
- Remova folhagens, arbustos e trepadeiras junto às paredes externas e muros
- Mantenha fossas sépticas bem vedadas
- Reboque as paredes e muros, eliminando vãos ou frestas
Cuidados dentro de casa
- Vede soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha
- Repare rodapés soltos s
- Use telas nas aberturas dos ralos, pias e tanques
- Use telas nas aberturas de ventilação de porões
- Mantenha berços e camas afastados, no mínimo 10 centímetros das paredes
- Evite que mosquiteiros e roupa de cama permaneçam em contato com o chão
- Mantenha todos os pontos de energia e telefone vedados
- Em locais com muita vegetação, feche as portas e janelas de casa ao entardecer
- Mantenha gavetas e armários fechados
- Examine roupas e calçados antes de usá-los, principalmente quando ficaram expostos ou espalhados pelo chão.
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