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Ataques russos causam cortes de energia e seis mortes na Ucrânia

Grande parte da Ucrânia ficou sem eletricidade nesta quarta-feira (22), após ataques russos que resultaram em pelo menos seis mortos, um dia depois do adiamento da reunião de cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin.
O presidente dos Estados Unidos declarou na terça-feira que não desejava participar de “uma reunião sem frutos” com o líder russo, cujo encontro estava planejado para ocorrer em Budapeste visando negociar um cessar-fogo no conflito ucraniano.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Riabkov, afirmou nesta quarta que “os preparativos para o encontro de cúpula continuam”, segundo a agência estatal de notícias TASS. Ele ressaltou que não percebe obstáculos significativos para a realização da reunião, embora tenha reconhecido que o processo é complexo.
Trump pediu que Moscou e Kiev cessem os combates nas linhas atuais, mas seus esforços não foram suficientes para interromper o conflito, iniciado pela invasão russa à Ucrânia em fevereiro de 2022.
Nas últimas semanas, a Rússia intensificou ataques às redes de energia elétrica e à infraestrutura de gás da Ucrânia, causando apagões antes do inverno no hemisfério norte.
De acordo com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, pelo menos seis pessoas perderam a vida nos ataques mais recentes, que também atingiram a capital Kiev. Serviços de emergência relataram ao menos 22 feridos.
“Mais uma noite que mostra que a Rússia ainda não está suficientemente pressionada para pôr fim à guerra”, protestou o presidente antes de viajar para Noruega e Suécia.
O chefe da diplomacia ucraniana, Andrii Sibiga, solicitou aos aliados que enviem recursos, sistemas antiaéreos e equipamentos para reparar os danos causados.
Zelensky se reuniu em Oslo com o primeiro-ministro norueguês Jonas Gahr Støre, na área militar do aeroporto, conforme imagens divulgadas pela emissora pública NRK.
A Noruega é um dos principais apoiadores da Ucrânia no conflito contra a Rússia.
Na Suécia, Zelensky terá encontro com o primeiro-ministro Ulf Kristersson na cidade de Linköping, sede do grupo de defesa Saab, responsável pela fabricação do caça Gripen.
O presidente ucraniano também planeja visitar Londres e Bruxelas esta semana, onde ocorrerá uma reunião de cúpula dos líderes da União Europeia, conforme fonte em Kiev à AFP.
Zelensky esteve em Washington na semana passada, mas não conseguiu convencer Trump a fornecer mísseis de cruzeiro Tomahawk de longo alcance para a Ucrânia.
Ao retornar a Kiev, ele pediu aos países ocidentais que deixem de lado políticas de conciliação com Moscou.

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