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Atirador em Sydney é acusado de terrorismo

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A polícia da Austrália anunciou nesta quarta-feira (17) que um suspeito envolvido no ataque antijudaico na praia de Bondi, em Sydney, foi formalmente acusado. O incidente ocorreu no domingo (14), durante a celebração judaica de Hanukkah, e resultou em 15 mortes e vários feridos.

Sajid Akram e seu filho Naveed são suspeitos de terem efetuado disparos contra a festa. Naveed enfrenta 15 acusações de homicídio e uma acusação de terrorismo.

A polícia informou que o suspeito teria realizado atos que causaram a morte de pessoas, lesões graves e riscos à vida de outros, com a intenção de promover uma causa religiosa e espalhar medo na comunidade.

As primeiras investigações indicam que o ataque teria sido inspirado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), classificado como organização terrorista pela Austrália.

Sajid, de 50 anos, morreu no confronto com a polícia, enquanto Naveed, de 24, foi ferido e está sob custódia hospitalar.

Luto na comunidade

Eli Schlanger, um líder religioso conhecido como o “rabino de Bondi” e pai de cinco filhos, foi o primeiro a ser enterrado em uma cerimônia na sinagoga Chabad de Bondi, onde familiares e amigos prestaram suas homenagens com grande comoção.

Outra vítima, o rabino Yaakov Levitan, de 39 anos e pai de quatro filhos, também foi homenageado na sinagoga, com forte presença comunitária e segurança policial nas redondezas.

O primeiro-ministro Anthony Albanese expressou solidariedade com a comunidade e declarou que os responsáveis foram influenciados por uma ideologia de ódio.

Investigação e contexto

O governo investiga se Sajid e Naveed tiveram contato com extremistas durante uma viagem às Filipinas, onde passaram quase todo o mês de novembro na ilha de Mindanao, região conhecida por conflitos insurgentes islâmicos. As autoridades filipinas negam que o país tenha servido de base para treinamento terrorista.

Armados com fuzis, pai e filho abriram fogo por aproximadamente dez minutos na praia de Bondi antes que Sajid fosse abatido pela polícia.

Heróis do ataque

Anthony Albanese destacou a bravura de um casal idoso que, ao tentar enfrentar um dos atiradores, acabou sendo vítima fatal. Ele também visitou Ahmed Al Ahmed, que se tornou herói nacional ao desarmar um dos assaltantes, gesto que ganhou ampla repercussão nas redes sociais.

As leis sobre posse de armas na Austrália devem ser fortalecidas, após pressão para evitar que pessoas como Sajid Akram tenham acesso a múltiplas armas.

Atualmente, tiroteios em massa são raros na Austrália, desde o ataque de Port Arthur em 1996, mas houve um crescimento recente no número de armas privadas.

Reação da comunidade judaica

O atentado reacendeu debates sobre a segurança da comunidade judaica no país, que se sente insegura e frustrada com as medidas governamentais para combater o antissemitismo. O rabino Yossi Friedman expressou que muitos sentem que o país revive antigos medos e perseguições que suas famílias buscaram deixar para trás, destacando uma sensação de insegurança persistente.

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