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Auditoria da eleição fica sob sigilo até PSDB concluir trabalho, diz advogado

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Representantes do PSDB assinaram nesta quarta-feira (7) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um termo de compromisso pelo qual o partido não deverá divulgar informações sobre a auditoria que irá fazer do sistema eletrônico de votação até a apresentação de um relatório final ao próprio tribunal. Segundo informou o advogado do PSDB Flávio Henrique Pereira, o documento também prevê a apresentação de um plano de trabalho para detalhar a verificação.

Em novembro do ano passado, o TSE decidiu liberar para o PSDB programas eletrônicos e arquivos gerados na votação eletrônica, incluindo dados das urnas e do sistema de transmissão das informações. Inicialmente, o partido havia pedido uma verificação oficial, com participação do tribunal e de todos os partidos políticos, o que foi negado pelo TSE.

Nesta quarta, assessoria de imprensa do TSE informou que o tribunal está cumprindo a decisão que liberou os dados, mas não deu mais detalhes sobre o fornecimento.

A expectativa do PSDB, segundo o advogado Flávio Henrique, é que os dados, todos em formato digital, sejam disponibilizados na semana que vem. A partir daí, o partido calcula que poderá terminar a auditoria em até 60 dias com uma equipe de cerca de 10 pessoas, entre técnicos em informática e juristas especializados em legislação eleitoral.

Ainda segundo o advogado, um dos técnicos convidados é o americano Alex Halderman, professor de ciências da computação da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Especialista em segurança e privacidade na área de tecnologia, ele é autor de uma dezena de estudos sobre votação eletrônica e participou, em 2010, de uma auditoria no sistema da Índia, usado por mais de meio bilhão de eleitores. “Estamos muito próximos de fechar o contrato com ele”, disse Flávio Henrique.

Questionado sobre o que espera da auditoria, o advogado disse ser difícil antecipar qualquer conclusão antes da análise dos dados. Segundo ele, um eventual questionamento do resultado das eleições, que deu uma vitória apertada a Dilma Rousseff (PT) sobre Aécio Neves (PSDB), “juridicamente nem é possível mais”.

“Evidentemente que se aparecer algo grave, vamos verificar o que fazer. Se alguma ilegalidade ficar aparente, soluções institucionais sempre há, mas precisamos do fato concreto para saber o que fazer”, afirmou.

Fonte: G1

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