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Augusto Melo é afastado da presidência do Corinthians após impeachment

Augusto Melo foi afastado definitivamente da presidência do Corinthians após a realização de uma segunda votação de impeachment no último sábado, na sede social do clube na zona leste de São Paulo.
Ele já estava afastado temporariamente desde o final de maio, quando o Conselho Deliberativo do clube aprovou uma primeira votação de impeachment. Augusto Melo deixou o Parque São Jorge antes da conclusão da votação, sem dar declarações à imprensa.
Mais de dois mil associados corroboraram a decisão do conselho, que agora aguarda a marcação de novas eleições pelo presidente do grupo, Romeu Tuma Júnior. A escolha do próximo presidente será feita de forma indireta, com votos restritos aos conselheiros, excluindo os associados.
O mandato do novo presidente será encurtado, durando até dezembro de 2026, quando ocorrerá a eleição tradicional do clube. O atual presidente interino, Osmar Stabile, deve oficializar sua candidatura em breve e é considerado o favorito para assumir o comando do Corinthians.
Augusto Melo assumiu a presidência em janeiro de 2024, menos de dois anos após sua eleição no final de 2023, e agora encerra definitivamente seu mandato.
Caso Vai de Bet
Augusto Melo foi afastado durante uma investigação policial sobre um contrato de patrocínio com a empresa de apostas Vai de Bet, que teve indícios de irregularidades na intermediação, de acordo com a Polícia Civil.
Além de Augusto Melo, foram denunciados por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro os ex-dirigentes Marcelo Mariano dos Santos, Sérgio Lara Muzel de Moura e Alex Fernanda André. Outros envolvidos responderão por lavagem de dinheiro.
A defesa de Augusto Melo afirmou que pedirá habeas corpus para contestar o processo, alegando que a investigação é ilegal, e que uma investigação de defesa está em andamento para comprovar a inocência do ex-presidente.
Desvios e prejuízos
O Ministério Público de São Paulo denunciou que os recursos desviados do Corinthians durante a negociação do patrocínio foram usados para quitar dívidas da campanha de Augusto Melo. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 40 milhões, incluindo a indenização com a antiga patrocinadora do clube.
Foi solicitado o pagamento do valor integral pelos denunciados, bem como o bloqueio de bens no montante equivalente.
Resposta das defesas
A defesa de Augusto Melo refutou as acusações, dizendo que as alegações carecem de fundamento e que não existiam dívidas relacionadas à sua campanha, que foi simples e baseada em doações espontâneas.
Outras defesas classificaram as acusações como arbitrárias e afirmaram que irão se manifestar judicialmente.
Ameaças de morte
Uma denúncia anônima relatou ameaças de morte feitas a Augusto Melo por um agiota da zona leste de São Paulo, relacionadas a dívidas das campanhas eleitorais de 2020 e 2023, sendo que houve necessidade do uso de colete à prova de balas em algumas ocasiões.
Indiciamentos
Augusto Melo, ex-dirigentes e empresários foram indiciados por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro. A investigação apontou discrepâncias nos depoimentos sobre a intermediação do contrato de patrocínio, e identificou outros intermediadores reais.
Sobre Augusto Melo
Augusto Pereira de Melo nasceu em 28 de janeiro de 1964 em Itambé, Paraná, e reside na zona leste de São Paulo. É empresário do setor têxtil e proprietário de quadras esportivas e estacionamentos. Sócio do Corinthians há cerca de 40 anos, foi conselheiro do clube de 2012 a 2017 e atuou na base do futebol durante o período de conquistas importantes.
Participou de eleições anteriores, ficando em segundo e terceiro lugares em suas candidaturas anteriores e, em 2023, venceu com ampla vantagem a eleição presidencial do clube.

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