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Aulas começam em 23 de fevereiro; decisão foi anunciada nesta quarta

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O início do ano letivo nas escolas públicas do Distrito Federal será atrasado em duas semana devido às condições de boa parte das escolas da capital, segundo o GDF. As aulas vão ter início no dia 23 de fevereiro. Inicialmente, o começo estava previsto para o dia 9.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (7), durante reunião entre os secretários de Relações Institucionais e Sociais, Marcos Dantas, e de Educação, Júlio Gregório e representantes do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro), no Palácio do Buriti.

Segundo Gregório, o governo precisa dessa semana extra para concluir as reformas nos colégios, que apresentam falhas graves de estrutura e problemas no mobiliário. “Nós preferimos fazer esse adiamento, com tudo o que ele representa, do que recebermos os alunos em nossas escolas sem condições. Estamos com problemas na aquisição de mobiliário para as novas escolas, e na reposição de cadeiras para as demais”, afirmou.

O governo negou que o adiamento do início das aulas tenha relação direta com o atraso no pagamento dos servidores da educação e dos terceirizados que atuam nas escolas. “O pagamento não estava na pauta da reunião. Essa discussão está a cargo do setor financeiro do governo.”

Segundo Gregório, cerca de R$ 10 milhões serão utilizados, dinheiro suficiente para as primeiras reformas nas 657 escolas que compõem a rede. A verba vem do governo federal através do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf). Pelo programa, o montante que é repassado diretamente aos diretores de cada escola, que podem escolher quais são as obras e compras prioritárias.

Com o novo calendário, os professores retomam as atividades no dia 19 de fevereiro, quando escolhem as turmas e fazem a segunda etapa do concurso de remanejamento. Antes, este retorno estava previsto para o dia 4. De acordo com o secretário, os dias serão compensados nas férias do meio do ano, que passam de três para duas semanas, e não haverá impacto nas férias de fim de ano.

Categoria insatisfeita
A diretora do sindicato, Rosilene Corrêa, afirma que a categoria discorda da alteração do ano letivo e que o GDF chegou à reunião com a decisão tomada. “Não foi uma consulta, nos chamaram aqui apenas para fazer o comunicado. A gente acha ruim, porque pressiona o calendário, atrasa as férias, mas o governo já tomou sua decisão.”

Ela diz que o sindicato voltou a pressionar, durante a reunião, para o pagamento dos salários atrasados e também dos valores de dezembro, que deveriam ser pagos nesta quinta (8). Segundo Rosilene, o governo voltou a dizer que tem intenção de pagar até o fim da próxima semana.

Fonte: G1

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