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Aumentam vítimas de minas terrestres na Colômbia

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O número de militares e policiais afetados por minas antipessoais, um tipo de mina terrestre, tem aumentado na Colômbia devido à intensificação da violência de grupos armados que brigam pelo controle de áreas depois do acordo de paz com as antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Em um hospital dedicado a agentes de segurança em Bogotá, tem crescido o número de pessoas feridas, algumas sofrendo amputações causadas por explosões.

Essas minas são colocadas por organizações ilegais ligadas ao narcotráfico, as quais têm intensificado os ataques contra as forças de segurança.

A AFP observou militares usando próteses para membros inferiores no hospital. Durante os anos mais críticos do conflito armado, a Colômbia foi o segundo país com o maior número de vítimas de minas terrestres, atrás apenas do Afeganistão. Porém, o acordo de paz de 2016 com as Farc reduziu a violência temporariamente.

De acordo com dados oficiais, o ano de 2025 será o que teve o maior número de militares e policiais feridos ou mortos por minas desde a posse do presidente Gustavo Petro.

Foram 68 casos até agora, uma alta em relação a 49 casos em 2022, ano em que Gustavo Petro assumiu a presidência.

Este é também o segundo maior número desde 2017, quando a maioria dos guerrilheiros das Farc entregou suas armas após o acordo de paz.

O médico Miguel Ángel Gutiérrez, chefe do serviço de reabilitação do Hospital Militar de Bogotá, declarou que o aumento de pacientes é evidente e que as vítimas estão sofrendo um impacto muito alto, o que indica uma brutalidade crescente.

Em regiões afastadas, equipes humanitárias equipadas com roupas protetoras, máscaras e detectores de metal fazem buscas meticulosas por minas em zonas íngremes, como em Pueblo Rico, no departamento de Risaralda.

Desde 2015, antes do acordo de paz, cerca de 2,1 milhões de hectares foram liberados de minas, conforme explicou o coronel do Exército Diego Alexander Cabrebra.

Gustavo Petro tem denunciado o aumento da ação violenta de grupos como o Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes das Farc que não aceitaram o acordo de paz e agora estão envolvidos no tráfico de cocaína.

Especialistas afirmam que esses grupos criminosos se fortaleceram com a política do presidente de buscar a paz por meio de negociações e suspensão de mandados de prisão contra líderes dessas organizações.

O centro de estudos InSight Crime publicou uma análise este ano ressaltando que os campos minados continuam sendo um recurso usado pelos rebeldes.

Disputas entre diferentes facções nas áreas antes dominadas pelas Farc levam ao aumento da instalação de minas terrestres.

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