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aumento da letalidade policial e prisões em sp sob gestão derrite
Assumindo a posição de relator do PL Antifacção do governo federal, o deputado Guilherme Derrite (PP) enfrentou várias controvérsias e um aumento expressivo na letalidade policial desde que começou a liderar a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, no começo de 2023.
Apesar disso, a gestão de Derrite viu uma redução de 11,4% nos crimes violentos com mortes e 20,8% nos roubos. Ele aposta na projeção oferecida pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para buscar uma vaga no Senado ou até mesmo suceder o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso este decida concorrer à Presidência em 2026.
A sua administração tem sido marcada pelo aumento nas mortes causadas por intervenções policiais, especialmente pela Polícia Militar. Em 2022, último ano do mandato de João Doria e Rodrigo Garcia, ocorreram 421 mortes decorrentes de ações policiais no estado. Esse número subiu para 504 no primeiro ano de governo Tarcísio e para 813 no ano seguinte, impulsionado por operações como Escudo e Verão, que ocorreram no litoral de São Paulo.
“A operação Escudo representa a gestão de Derrite: uma resposta política e emocional, sem base técnica. Foi uma ação impulsiva, iniciada como reação à morte de um policial”, afirma Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz.
Durante esse período, a gestão também enfrentou pressão por casos de abuso de força, incluindo a morte do menino Ryan, de 4 anos, durante uma perseguição em Santos, e o vídeo mostrando um soldado da PM jogando um motoboy de uma ponte, sem que houvesse resistência na abordagem.
Tanto Derrite quanto Tarcísio defendem a administração alegando que os indicadores criminais estão em queda e que a “produtividade policial” aumentou. Eles destacam a redução de 11,4% em homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte entre 2022 e 2024. Também apresentam o aumento no número de prisões, que subiu de 146 mil para 166 mil no período.
Por outro lado, tentativas de homicídio cresceram 2,1%, lesões corporais dolosas subiram 15,9% e estupros aumentaram 10,1%. Crimes contra o patrimônio apresentaram queda, com redução de 20,8% em roubos e 1,4% em furtos. Estelionatos tiveram alta de 31,1%, influenciados pelos golpes digitais, conforme o Anuário de Segurança Pública.
Apesar da queda em furtos e roubos, Carolina Ricardo observa que a sensação de insegurança permanece alta, pois os crimes violentos estão em níveis elevados.
Durante a gestão de Derrite, houve disputas de destaque entre o governo estadual e o federal sobre operações policiais como a Carbono Oculto. Ambas as administrações realizaram coletivas separadas e buscaram destaque pelas investigações que revelaram supostas ligações do PCC até em áreas financeiras de São Paulo.
Recentemente, o conflito ocorreu com a grande operação policial no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortos. Enquanto o governador Tarcísio expressou solidariedade ao governador Cláudio Castro (PL) e defendeu a ação policial como necessária para o controle do território pelo Comando Vermelho, o presidente Lula criticou a operação, classificando-a como um massacre.

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