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Aumento dos pedidos de asilo complica expulsões para a Turquia

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Confrontos na ilha de Chios dificultavam expulsão de migrantes da Grécia. Na 2ª, 202 migrantes foram levados para o porto turco de Dikili.

Mulher sentada no porto da ilha grega de Chios, onde estão acampados nesta terça-feira (5) os refugiados que deixaram centro de refugiados há alguns dias (Foto: Louisa Gouliamaki / AFP)

Mulher sentada no porto da ilha grega de Chios, onde estão acampados nesta terça-feira (5) os refugiados que deixaram centro de refugiados há alguns dias (Foto: Louisa Gouliamaki / AFP)

 

O aumento das demandas de asilo nos últimos dias e os confrontos entre migrantes na ilha de Chios complicavam nesta terça-feira (5) a expulsão dos estrangeiros em situação irregular da Grécia. O acordo entre a União Europeia e a Turquia prevê migrantes que chegaram após 20 de março possam ser levados de volta para território turco.

Durante o dia não está prevista nenhuma expulsão, após a operação de segunda-feira, a primeira do tipo, durante a qual 202 migrantes que não haviam solicitado asilo foram levados das ilhas gregas de Lesbos e Chios para o porto turco de Dikili.

 As expulsões serão retomadas quando tivermos “um número suficiente” de migrantes e se as autoridades turcas aprovarem, disse à AFP Giorgos Kyritsis, porta-voz do Serviço Grego de Coordenação da Política Migratória (SOMP). A Turquia informou que a operação pode ser retomada na quarta-feira.

Nas duas ilhas gregas, principal ponto de entrada na Europa dos migrantes em 2015, o processo de expulsão registrou uma desaceleração com o aumento de solicitações de asilo dos últimos dias, afirmou Kyritsis.

Como estas pessoas chegaram à Grécia depois de 20 de março, elas podem ser expulsas do país. Agora, as autoridades gregas terão que revisar as listas provisórias, segundo o porta-voz.

Em Chios, a situação ficou ainda mais complicada com a recusa de vários migrantes e refugiados de retornar ao campo de retenção de Vial, de onde são organizadas as expulsões.

Muitos deles, quase 600 segundo a imprensa local, fugiram na sexta-feira do campo após confrontos entre grupos de migrantes e as autoridades tentam convencê-los a retornar ao campo.

“Estas pessoas não podem ficar na cidade”, disse Giorgos Kyritsis, que no entanto descartou uma intervenção policial.

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