Centro-Oeste
Aumento na quantidade de lixo no aterro que desabou chega a 60 toneladas

Uma nova estimativa, apresentada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad-GO), indica que o volume de resíduos resultante do desabamento do Aterro de Ouro Verde, em Padre Bernardo, Entorno do Distrito Federal, ultrapassou 60 mil toneladas.
Inicialmente, previa-se que seriam retiradas cerca de 42 mil toneladas de lixo, mas houve um incremento de aproximadamente 30%, o que dificultou a remoção completa conforme informado pela empresa Ouro Verde.
De acordo com a Semad-GO, esse aumento deve-se ao deslocamento dos resíduos até o córrego próximo e ao uso de terra para conter um incêndio ocorrido no local em 24 de junho. Grande parte do material está coberta por lama, dificultando a contabilização precisa.
Por conta desse crescimento, a empresa solicitou uma extensão do prazo para concluir a retirada, que inicialmente era 30 de setembro, já tendo sido prorrogado anteriormente.
Até a data do último prazo, aproximadamente sete mil viagens de caminhão foram feitas, com cerca de 55 mil toneladas de lixo transferidas para uma célula temporária dentro do próprio aterro. Agora, o serviço deve ser finalizado até sexta-feira, 10 de outubro.
Sayro Reis, gerente de emergências ambientais da Semad-GO, ressaltou que o novo prazo foi concedido devido ao trabalho contínuo da empresa monitorado semanalmente pela secretaria desde a assinatura do Termo de Ajuste de Conduta (TAC).
Além disso, a empresa obteve aprovação para estender outras ações previstas no TAC até 30 de outubro, incluindo:
- Realocação do chorume armazenado;
- Compactação e recobrimento dos resíduos;
- Construção de drenagens na célula temporária;
- Construção de uma nova lagoa de chorume;
- E outras medidas relacionadas.
Segundo a secretaria, a decisão sobre o destino final dos resíduos será discutida apenas após a retirada completa, mantendo-os por enquanto na célula temporária.
Possibilidade de novos desabamentos
Na última sexta-feira (3/10), uma moradora que preferiu não se identificar compartilhou um vídeo mostrando a área da tragédia, mencionando sua preocupação com grandes fissuras no solo do aterro próximas ao local do desabamento.
Ela alertou que uma única chuva recente já causou rachaduras e que, em caso de chuvas fortes, há risco de deslizamentos adicionais, ainda que em partes menores.
Conforme informado pela Semad-GO, por se tratar de uma situação emergencial, existe a possibilidade de novas áreas desabarem até que todas as medidas corretivas sejam implementadas.
Sayro Reis frisou que o local não deve receber visitas sem acompanhamento apropriado, destacando a importância da fiscalização rigorosa para garantir a eficiência do trabalho da empresa e evitar novos incidentes. No entanto, até o momento, não há risco iminente detectado.

Você precisa estar logado para postar um comentário Login