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Autores da primeira foto de buraco negro ganham prêmio de US$ 3 milhões

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A equipe com mais de 300 cientistas conseguiu produzir a imagem de um buraco negro pela primeira vez na história

Buraco negro: os cientistas venceram o Prêmio Breakthrough, conhecido como o “Oscar da ciência” (Event Horizon Telescope (EHT)/National Science Foundation/Reuters)

Os 347 cientistas que colaboraram para produzir a primeira imagem de um buraco negro em abril passado receberam, nesta quinta-feira (5), o Prêmio Breakthrough, de US$ 3 milhões, chamado de “Oscar da ciência”.

A equipe internacional do Event Horizon Telescope, dirigida pelo astrônomo americano Shep Doeleman do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, foi notícia em todo mundo em 10 de abril, ao publicar a imagem do buraco negro M87.

A imagem foi produzida, graças a observações simultâneas em abril de 2017 de oito radiotelescópios em diferentes pontos da Terra que apontavam para o M87. Assim, os astrônomos transformaram nosso planeta em uma espécie de telescópio gigante para obter uma resolução sem precedentes.

A imagem inédita permitiu ver a silhueta do buraco negro em detalhes pela primeira vez na história e confirmar previsões teóricas sobre a estrutura desses corpos celestes.

“Durante anos disse às pessoas que iríamos obter a imagem de um buraco negro e me questionavam, que só acreditariam vendo. Houve um ceticismo saudável na comunidade científica, como sempre deve haver”, disse Doeleman à AFP.

“Quando você finalmente obtém uma prova forte, quando consegue um avanço semelhante, então tem a satisfação de realmente dar à luz um novo campo de pesquisa”, continuou.

“Agora estamos em uma era de imagens de alta precisão de buracos negros e podemos mapear o espaço-tempo pela primeira vez”, acrescentou.

O Prêmio Breakthrough foi lançado por empresários do Vale do Silício para reconhecer avanços na pesquisa básica. Esta é sua oitava edição.

As outras categorias são ciências da vida, com quatro pesquisadores premiados por seu trabalho com obesidade, envelhecimento celular, dor e demência: Jeffrey Friedman, da Universidad Rockefeller; Franz-Ulrich Hartl, do Instituto Max Planck para Bioquímica; Arthur Horwich, da Universidade de Yale; e Virginia Man-Yee Lee, da Universidade da Pensilvânia.

Na Matemática, o premiado será Alex Eskin, da Universidade de Chicago.

Um prêmio especial de Física Fundamental será dado para a invenção da super gravidade.

 

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