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Banco falso da mãe de fiscal preso tem capital de R$ 3,4 bilhões

O suposto banco da Kimio Mizukami, mãe do fiscal Artur Gomes da Silva Neto preso na última terça-feira (12/8), declara um capital impressionante de R$ 3,4 bilhões. Entretanto, esse valor é baseado em títulos questionáveis de uma instituição bancária que não existe mais e em documentos de um cartório de uma pequena cidade mineira.
Conforme reportado, o Dac Bank, uma fintech que se apresenta como banco, está sob investigação por suspeita de lavagem de dinheiro ligada ao fiscal. Para operar serviços financeiros, a fintech deve estar vinculada a um banco licenciado pelo Banco Central.
Essa empresa recebeu R$ 54 milhões de uma consultoria tributária que, por sua vez, foi financiada por companhias suspeitas de pagar propina a Artur. A mãe do fiscal, que é sócia da fintech, é suspeita de atuar como laranja no esquema.
Fundada em 2023, a empresa mudou seu nome para “Visão Suporte Administrativo” em agosto de 2025, pouco antes da operação policial que resultou na prisão. Parte do capital declarado, cerca de R$ 1,4 bilhão, está vinculado a títulos do extinto Banco do Estado de Santa Catarina, e o restante, cerca de R$ 2 bilhões, é relacionado a cessão de direitos de crédito de um cartório localizado em Monte Sião, Minas Gerais, sem previsão concreta de dinheiro em caixa.
Antes de ser retirado do ar, o site da fintech oferecia serviços de gerenciamento financeiro, utilizando a imagem de conta digital completa com crédito flexível e facilidades financeiras, apesar da inexistência real do banco.
Investigações apontam que fintechs como essa operam na prática como intermediárias para bancos autorizados, controlando aplicativos, mas deixando a movimentação financeira a cargo dessas instituições parceiras.
O compliance bloqueou contratos da fintech com instituições financeiras por suspeitas relacionadas a um sócio com antecedentes criminais. A mãe de Artur é uma das sócias, enquanto o próprio fiscal figura como administrador.
Segundo o Ministério Público, Artur prestava assessoria tributária irregular, ajudando empresas como a Fast Shop a manipular documentos e acelerar ressarcimentos fiscais, visando fraudar créditos tributários bilionários. Em troca, ele teria recebido cerca de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021, parte do qual foi encontrada em dinheiro vivo em sua residência.
Além da Fast Shop, outras redes de varejo são investigadas por envolvimento no esquema que envolve fraudes e corrupção fiscal bilionária.

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