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Bandeira dos EUA vira símbolo da direita no Brasil, diz NYT

O jornal norte-americano The New York Times (NYT) publicou nesta terça-feira (9) nas redes sociais que a bandeira dos Estados Unidos se tornou um novo símbolo da direita brasileira.
Com o título “O novo símbolo da direita brasileira: a bandeira americana”, o jornal destacou que os eventos organizados por grupos de direita e setores religiosos no último domingo (7), data que marca a independência do Brasil, foram caracterizados pela presença da bandeira norte-americana como forma de homenagear o presidente Trump e protestar contra a possível condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O NYT afirmou que o Dia da Independência do Brasil se transformou numa ocasião para o movimento nacionalista de direita sair às ruas, manifestar contra a esquerda e exibir a bandeira do Brasil. Porém, neste ano, a bandeira dos Estados Unidos foi exibida em homenagem ao presidente Trump, refletindo uma mudança na percepção global acerca desse símbolo.
Além disso, a bandeira norte-americana também serviu como mensagem para os participantes dos atos de direita que protestavam contra a provável condenação do ex-presidente Bolsonaro, acusado de conspirar um golpe. Seus apoiadores demonstraram especial entusiasmo ao adotar as estrelas e listras como símbolo.
Durante um evento em São Paulo, governadores e seus aliados proferiram discursos defendendo causas como a liberdade, anistia ao ex-presidente Bolsonaro e o afastamento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do processo no tribunal.
Na manifestação, os presentes estenderam uma bandeira gigantesca dos Estados Unidos.
O NYT ressaltou que, no mesmo dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu em imagens com uma grande bandeira brasileira durante o desfile do Dia da Independência, onde se lia: “Nossa bandeira é o Brasil e o povo brasileiro”.
Sobre o julgamento de Bolsonaro, a publicação coincidiu com o reinício da análise na Primeira Turma do STF de um processo iniciado em 2 de setembro, que pode responsabilizar o ex-presidente e outros sete por uma suposta tentativa golpista visando alterar o resultado das eleições de 2022.
O ministro relator Alexandre de Moraes já votou pela condenação de Jair Bolsonaro e demais envolvidos, afirmando não haver dúvidas sobre a existência do golpe, especialmente considerando os ataques de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e destruíram prédios dos Três Poderes.
Se a condenação for confirmada, Bolsonaro será o primeiro ex-presidente brasileiro a ser responsabilizado pelo crime de golpe de Estado.
No momento, o ministro Flávio Dino está apresentando seu voto.

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