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Bandidos fazem arrastão em bairro nobre na Zona Sul de SP
Criminosos em uma moto realizaram sequência de assaltos na região do Jardim Marajoara. Roubos aconteceram a menos de 500 metros de uma delegacia.
Bandidos realizaram uma sequência de assaltos no Jardim Marajoara, bairro nobre da Zona Sul de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (12). Criminosos em uma moto fizeram ao menos seis vítimas na região em um intervalo de aproximadamente 15 minutos. O local onde ocorreu o arrastão fica a menos de 500 metros de uma delegacia.
Conforme apurou o G1, o primeiro assalto aconteceu na Rua Dom Aguirre, por volta das 6h. A via é repleta de empresas – algumas de segurança, inclusive – e um homem que chegava para trabalhar foi abordado por assaltantes assim que estacionou o carro. Ele teve o celular e outros pertences levados e os bandidos fugiram na sequência.
Os criminosos, no entanto, não foram para longe. Minutos depois, a poucos metros do primeiro assalto, eles fizeram mais vítimas. Em cima de uma motocicleta, a dupla obstruiu o caminho de ao menos dois carros na Rua Ministro Álvaro de Sousa Lima e roubou quatro pessoas, entre motoristas e passageiros. O alvo: novamente os celulares.
Após os assaltos aos veículos, os bandidos seguiram em disparada em direção à Avenida Interlagos. Antes, ainda pararam para fazer a sexta vítima, uma mulher que estava a pé, também a caminho da via, para pegar um ônibus. “Estava andando como de costume. Eles chegaram muito rápido, pediram o celular, apontando a arma para mim. Entreguei na hora e não reagi”, contou ela sob condição de anonimato.
A Polícia Militar (PM) informou que recebeu uma denúncia de assalto na Rua Ministro Álvaro de Sousa Lima e enviou uma equipe ao local. De acordo com a corporação, porém, os policiais não encontraram os criminosos nem as vítimas ao chegar ao local. Pelo menos seis pessoas foram até o 99º DP – Campo Grande para prestar queixa.
Assaltos frequentes
Com medo dos sucessivos roubos e furtos, moradores do Jardim Marajoara e demais bairros do distrito do Campo Grande contrataram seguranças particulares e criaram até um sistema de alertas pela internet. Quando um morador vê uma movimentação suspeita, imediatamente avisa os vizinhos para que evitem o local.
“Não é de hoje que a violência é uma preocupação no bairro”, relata o bancário Vitor Duarte, morador da região há mais de 20 anos. “Cansei de ouvir relatos de amigos e familiares que estão com medo de sair de casa. O que mais entristece, entretanto, é o descaso das autoridades que fazem vista grossa para uma questão tão séria”, completou.
O estudante Guilherme Goulart mostra a mesma preocupação e destaca que nem mesmo a presença de bases policiais no bairro parecem inibir a ação dos criminosos. “Os casos estão sendo constantes em todas as regiões do bairro e o pior é o fato de acontecerem quase ao lado de uma delegacia [99º DP] e de um batalhão da PM [22º BPM]”, criticou.
Apesar dos relatos, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma que houve recente queda no número de roubos e furtos no bairro em relação ao ano passado. Nos cinco primeiros meses de 2017, foram registrados 450 roubos e 802 furtos, frente a 568 roubos e 967 furtos computados no mesmo período de 2016.
A pasta informou também que, só entre ano janeiro e maio deste ano, a Polícia Militar conseguiu reduzir em quase 15% o número de roubos e furtos na região do Campo Grande, e que prendeu mais de 60 pessoas em flagrante. A PM disse, ainda, que faz um trabalho preventivo na área com base na análise de estatísticas criminais.
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