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BB acusa vídeo de Eduardo Bolsonaro por fake news e pede ação da AGU contra corrida bancária

Banco do Brasil denunciou à Advocacia-Geral da União (AGU) uma sequência de publicações recentes nas redes sociais contendo informações falsas sobre a instituição, que incentivam a retirada em massa de dinheiro pelos correntistas.
De acordo com um ofício enviado pelo banco, esses ataques começaram na última terça-feira, dia 19. Um desses vídeos, publicado por Eduardo Bolsonaro em 20 de junho, afirma que “o Banco do Brasil será isolado das relações internacionais, o que causará sua falência”. O deputado possui mais de 1,7 milhão de seguidores em seu canal no YouTube.
O Estadão/Broadcast tentou contato com o deputado, mas não obteve resposta até o momento.
A presidente do banco, Tarciana Medeiros, criticou publicamente essa situação durante um evento no dia 20, embora sem mencionar nomes diretamente.
Além disso, o BB também denunciou outras pessoas, como o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e o advogado Jeffrey Chiquini, que, segundo o banco, fizeram postagens difamatórias e contra a soberania nacional. Chiquini é conhecido por defender o ex-assessor da Presidência Filipe Martins, do governo Jair Bolsonaro.
Na comunicação enviada à AGU, os advogados do BB destacam que esses atos podem configurar crimes contra o Estado Democrático de Direito, a soberania nacional, o Sistema Financeiro Nacional, além de violação do sigilo bancário e difamação. Por isso, o BB solicita que a AGU avalie medidas judiciais para conter a propagação dessas informações falsas.
As postagens foram feitas em diversas plataformas, incluindo X, Instagram, Threads e vídeos no YouTube.
O banco alerta que essa nova tática visa pressionar e colocar instituições financeiras, especialmente o Banco do Brasil, contra o Supremo Tribunal Federal, conforme descrito no ofício.
Conforme noticiado pela Folha de S.Paulo e confirmado pelo Estadão/Broadcast, o BB informou à AGU sobre essa situação.
Especialistas improvisados sobre a Lei Magnitsky
O documento do BB também alerta que essa campanha pode provocar uma corrida bancária contra a instituição, provocada por interpretações erradas relativas à aplicação da Lei Magnitsky e suas consequências para o banco.
Recentemente, o BB cancelou o cartão internacional do ministro Alexandre de Moraes, de bandeira Mastercard, devido a sanções decretadas por Donald Trump. Em substituição, foi emitido um cartão da Elo, bandeira nacional com acionistas como BB, Caixa e Bradesco.
“O risco é que, cada vez mais, surjam “especialistas” em redes sociais sobre a Lei Magnitsky que incentivam a retirada de recursos de bancos brasileiros, especialmente do Banco do Brasil, que é controlado pelo Estado brasileiro”, afirmou o BB. “Esse pensamento equivocado pode causar uma corrida bancária sem fundamentos, causando insegurança nos clientes e impacto negativo na economia nacional.”
Devido à campanha, o banco relatou que clientes começaram a buscar esclarecimentos temendo sanções secundárias equivocadamente divulgadas.
No sábado, dia 23, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) identificaram essa ação nas redes sociais como um movimento de bolsonaristas.

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