BC libera R$ 36,9 bi para habitação já

O novo modelo de crédito para imóveis vai liberar R$ 111 bilhões no primeiro ano, um aumento de R$ 52,4 bilhões em relação ao sistema atual de financiamento habitacional. Deste total, R$ 36,9 bilhões estarão disponíveis de forma imediata.

Os dados foram divulgados em nota na sexta-feira, 10, pelo Banco Central.

A atualização da política habitacional foi aprovada na quinta-feira, 9, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em reunião extraordinária. O anúncio oficial aconteceu na sexta-feira em São Paulo, durante evento com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente do BC, Gabriel Galípolo.

Segundo o Banco Central, espera-se que essa mudança aumente a oferta de financiamentos imobiliários, facilitando o acesso à casa própria, especialmente para famílias de baixa renda que não são atendidas por programas habitacionais, sem comprometer a qualidade das regras para concessão de crédito.

Além disso, o BC promoveu alterações na regulamentação do recolhimento compulsório dos depósitos de poupança, permitindo que até 5% desses saldos sejam usados para crédito imobiliário, reduzindo a obrigação de recolhimento.

O percentual dos depósitos de poupança a ser usado nesses créditos aumentará gradativamente de 65% para 100%. Cerca de 80% desses recursos serão destinados a financiamentos dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que tem custo máximo anual de 12% (incluindo juros, tarifas e comissões).

As operações de crédito imobiliário com prazo igual ou superior a 30 anos poderão ser consideradas para fins de direcionamento por até 5 anos, com períodos proporcionais para prazos menores. Para incentivar a classe média baixa, financiamentos de imóveis abaixo de R$ 1 milhão poderão ser contabilizados por até 7 anos. Financiamentos voltados à construção de imóveis residenciais terão contabilização válida por 2 anos.