BCE afirma que faltam dados para avaliar acordo comercial UE-EUA

Gabriel Makhlouf, dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do Banco Central da Irlanda, declarou que ainda não possui informações suficientes para avaliar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos. Ele destacou que as tarifas de 15% podem impactar negativamente o crescimento econômico, embora a redução da incerteza e a ausência de uma guerra comercial possam ajudar a compensar esses efeitos.

Makhlouf ressaltou a imprevisibilidade das ações do governo dos EUA nos últimos seis meses e a importância dos detalhes do acordo, o que o levou a preferir não fazer comentários conclusivos neste momento.

Ele também observou que há muitas dúvidas sobre a economia global e seus possíveis desdobramentos, o que pode influenciar a inflação e demandar ajustes nas políticas monetárias. No campo fiscal, ele mencionou que os aumentos nos gastos de defesa da Europa e as emissões de títulos do Tesouro dos EUA podem ter efeitos significativos a nível mundial.

Em consonância com outros líderes econômicos, Makhlouf afirmou que a inflação está estável dentro da meta estabelecida e que o crescimento da zona do euro está alinhado com as expectativas.

O dirigente avaliou que a política monetária encontra-se em uma posição adequada para aguardar e analisar futuros dados antes de decidir sobre possíveis mudanças. O BCE não está preso a uma trajetória fixa para as taxas de juros e permanece comprometido em manter a inflação estável em torno de 2% no médio prazo.